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Moraes afirma que liberdade só se fortalece com “respeito à democracia”

A declaração do ministro do STF ocorre após o presidente Bolsonaro afirmar que o Judiciário pode “sofrer aquilo que não queremos”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Alexandre de Moraes – ministro do STF
1 de 1 Alexandre de Moraes – ministro do STF - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais, nesta terça-feira (7/9), para falar sobre o 7 de Setembro. Segundo o magistrado, “a liberdade somente se fortalece com absoluto respeito à democracia”. A declaração ocorre no momento em que apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ocupam a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.

“Nesse Sete de Setembro, comemoramos nossa Independência, que garantiu nossa Liberdade e que somente se fortalece com absoluto respeito à democracia”, escreveu o ministro no Twitter.

Mais cedo, durante pronunciamento na Esplanada, Bolsonaro afirmou que o Poder Judiciário “pode sofrer aquilo que não queremos”. Sem citar nomes ou exatamente o que seria feito, o presidente disse ainda que existe um ministro específico “paralisando a nação”.

“Juramos respeitar a nossa Constituição. O ministro específico do STF perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal. Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica continue paralisando a nossa nação. Não podemos aceitar. Ou esse poder [Judiciário] pode sofrer aquilo que nós não queremos. Sabemos o valor de cada poder da República”, assinalou o mandatário da República.

A mira de Bolsonaro aponta para dois ministros da Corte, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, com os quais ele teve embates públicos.

No caso de Moraes, o presidente chegou a apresentar pedido de impeachment ao Senado Federal. Isso porque o magistrado tem proferido decisões contra aliados do titular do Planalto. Já em relação a Barroso, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a briga tem a ver com o voto impresso – iniciativa defendida pelo governo, que não tem aval do ministro.

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