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Bolsonaro discursa em tom de ameaça: Judiciário pode “sofrer aquilo que não queremos”

O presidente afirmou, sem citar nomes, que existe um ministro específico do STF “paralisando a nossa nação”

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
7 de setembro protesto brasil brasilia bolsonaro stf helicoptero esplanada DF 31
1 de 1 7 de setembro protesto brasil brasilia bolsonaro stf helicoptero esplanada DF 31 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, na manhã desta terça-feira (7/9), em discurso na Esplanada dos Ministérios durante ato convocado por ele para este 7 de Setembro, que o Poder Judiciário “pode sofrer aquilo que não queremos”. Sem citar nomes ou exatamente o que seria feito, disse que existe um ministro específico “paralisando a nação”.

“Juramos respeitar a nossa Constituição. O ministro específico do STF perdeu as condições mínimas de continuar dentro daquele tribunal. Não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica continue paralisando a nossa nação. Não podemos aceitar. Ou esse poder [Judiciário] pode sofrer aquilo que nós não queremos. Sabemos o valor de cada poder da República”, assinalou.

Confira os vídeos com o discurso do presidente:

Primeira parte:

Segunda parte:

Bolsonaro também frisou que o Executivo não aceitará mais as medidas impostas por governadores e prefeitos, autorizados pelo Poder Judiciário. “Creio que o momento chegou”, enfatizou, interrompido por gritos dos apoiadores.

“Alguns governadores e prefeitos simplesmente ignoraram dispositivos funcionais, como os incisos do artigo 5º da Constituição. Muitos foram obrigados a ficar em casa. Perderam o direito de ir e vir, do trabalho e de ir a um templo […]”, ressaltou.

“Temos em nossa bandeira escrito ordem e progresso. Não queremos ruptura, não queremos brigar com poder nenhum. Não podemos admitir que uma pessoa coloque em risco a nossa liberdade. Eu jurei um dia, juntamente com o Mourão, dar a nossa vida pela pátria”, finalizou.

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Antes, o presidente sobrevoou Brasília em um helicóptero militar, acompanhado de ministros do governo e de um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ele acenou para os manifestantes enquanto a aeronave passava pela Praça dos Três Poderes e pela Esplanada dos Ministérios.

O clima é de tensão na Esplanada, onde apoiadores do mandatário entraram durante a madrugada, furando o bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Eles chegaram a arrastar grades para invadir o local e armaram barracas, sem passar por nenhum tipo de revista.

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Mais cedo, no primeiro discurso do dia, durante hasteamento da bandeira, Bolsonaro falou que não admitirá que “outras pessoas joguem fora das quatro linhas” da Constituição.

“Vou continuar jogando dentro das quatro linhas, mas a partir de agora não admito que outras pessoas, uma ou duas, joguem fora das quatro linhas. A regra do jogo é uma só: respeito à nossa Constituição, liberdade de opinião e sempre tendo a nossa Constituição, que é a vontade popular, acima de todos”, disse o chefe do Executivo brasileiro durante live aberta em rede social.

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