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Raul Jungmann aponta dificuldades para conclusão de caso Marielle

Segundo o ministro, as equipes de investigação sabem quem são os envolvidos, mas é preciso levantar provas para poder apresentar a denúncia

atualizado

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Wilton Júnior/Estadão
MARIELLE / PROTESTO
1 de 1 MARIELLE / PROTESTO - Foto: Wilton Júnior/Estadão

O ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse, em entrevista à Rádio Eldorado nesta terça-feira (19/6), que as investigações sobre a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), morta a tiros no último dia 14 de março na região central do Rio, ainda não foram concluídas por causa da complexidade do caso.

Segundo o ministro, as equipes que estão atuando nas diligências sabem quem são os envolvidos, mas trabalham no levantamento de provas para, então, apresentar as denúncias. O motorista da política, Anderson Gomes, também foi morto.

Em primeiro lugar, o fato de o crime ter sido planejado, mostra ter sido feito por profissionais. Também por ela não apresentar ameaça pessoal. Então, todo esse quadro torna mais difícil e mais necessária a construção de provas robustas para poder indicar e apresentar a denúncia contra executores e mandantes.

Raul Jungmann

O ministro reconheceu que, comparado a outros episódios de repercussão no Rio de Janeiro, como a morte da juíza Patrícia Acioli, o crime ligado à Marielle está demorando mais para ter seus responsáveis apresentados. “A média foi superada, mas isso não demonstra ineficiência em chegar ao executor e ao mandante, quer dizer da complexidade desse caso, com várias características diferentes dos casos anteriores.”

Segundo Jungmann, as investigações continuam apontando a participação de milícias e a fase atual da diligência tem como foco a construção de provas contra os suspeitos de participação no crime.

“Diria que as equipes de investigação sabem até quem seriam os prováveis mandantes e assassinos, elas têm essa percepção. Hoje, eles estão focados na construção das provas para apresentar as denúncias”, enfatizou.

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