Notebook e celular do agressor de Bolsonaro serão periciados no DF

Adelio Bispo de Oliveira desferiu uma facada no abdômen do presidenciável em Juiz de Fora (MG)

atualizado 09/09/2018 9:21

Michael Melo/Metrópoles

Os policiais federais de Brasília e Belo Horizonte que estavam no município de Juiz de Fora (MG) para colher dados sobre o ataque ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foram, neste sábado (8/9), para a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde a investigação vai tramitar.

O notebook e os celulares encontrados na pensão onde o autor da facada, Adelio Bispo de Oliveira, estava também foram levados para perícia. A Justiça autorizou a quebra de sigilo dos aparelhos.

Oliveira deixou Juiz de Fora nesta manhã, transferido para um presídio federal de Campo Grande (MS). A autorização foi dada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, da 2ª Vara Federal de Juiz de Fora, em audiência de custódia, na sexta-feira (7/9). Se houver necessidade de novos depoimentos, eles deverão ser prestados por videoconferência.

De acordo com uma fonte da PF, a principal linha de investigação é que o pedreiro tenha agido sozinho no momento do crime, mas nenhuma possibilidade está descartada. Até agora, não foram comprovados vínculos de outros detidos durante a passeata na Praça Halfed, onde ocorreu ação contra o candidato.

O próximo passo, segundo o policial, é “focar” em Adélio. Ou seja, ver se ele teve algum outro mentor por trás do crime, mas que tenha participado no momento do ataque. Para isso, estão sendo apurados a rede de contatos do pedreiro, com quem ele se relacionou nos últimos dias, suas conversas e onde ele esteve nos últimos meses.

Anteriormente, tinha se levantado a hipótese de que Hugo Ricardo Bernardo e Bruno Pereira da Silva, detidos por confrontos com grupos pró-Bolsonaro, teriam participado da ação. Porém, nenhum vínculo dos dois homens com Oliveira foi identificado até o momento.

Já uma mulher que aparece supostamente passando a faca para Adélio em vídeos replicados em grupos do WhatsApp já foi identificada pela polícia e prestará depoimento, mas também não há provas de seu envolvimento com o crime. O vídeo, segundo o policial, passará por perícia.

Hugo e Bruno foram ouvidos como suspeitos pela PF e liberados logo em seguida. Hugo está internado no Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus onde passará por uma cirurgia no início da próxima semana. Segundo uma funcionária do hospital, ele deslocou a clavícula em um dos confrontos.

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