De cookie diet a salaminho: saiba o que há no cardápio dos lanches do STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu uma licitação, no dia 7 de outubro, para o fornecimento parcelado de gêneros alimentícios destinados aos ministros da Corte. No cardápio, há lanches que vão desde os mais calóricos, como salaminho e pão de queijo, até os mais saudáveis, como biscoitos diet e refrigerantes sem açúcar. O valor estimado do pregão é de R$ 45 mil.

De acordo com o edital de licitação, serão adquiridos 53 tipos diferentes de alimentos, somando 8,9 mil unidades. Os produtos são destinados aos 11 ministro do Supremo e, segundo a assessoria do STF, são consumidos nos horários de lanches ou refeições principais realizadas no tribunal.

Além dos ministros, os lanches também são reservados ao procurador-geral da República, Augusto Aras, aos subprocuradores que participarem de sessões no Supremo, ao secretário do plenário e a auxiliares dos magistrados que sentirem fome durante os julgamentos.

“Inicialmente, importa-nos frisar que a contratação em tela é sob demanda, o que não significa que serão executados os totais das quantidades estimadas”, diz nota da Suprema Corte.

Cardápio

Na lista de itens que constam na licitação, há um diversidade de líquidos, como chás e refrigerantes, produtos congelados, como biscoito, pão de queijo e polpas de frutas, e até petiscos, como salaminho “tipo italiano”, amendoim salgado “sem casca” e azeitona verde em conserva “sem caroço”.

Além disso, alguns ministros adotam uma alimentação mais restritiva e, por isso, estão no cardápio alimentos menos calóricos. Entre os lanches, estão queijos processados light, biscoito cookie diet, presunto cozido “sem capa de gordura” e refrigerante zero açúcar.

O Metrópoles questionou o Supremo se os produtos light e diet foram adicionados à lista de itens por exigência de algum ministro. Em resposta, o STF disse que “dada a diversidade do público, trata-se de uma previsão necessária para atender às diferentes recomendações nutricionais”.

Veja a lista completa dos itens:

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Lagostas e vinhos

Nem de longe esse pode ser considerado o maior gasto com a alimentação dos magistrados da Corte. Em abril do ano passado, o STF virou alvo de polêmica por causa de uma licitação no valor de R$ 1,134 milhão. O pregão eletrônico tinha como objetivo a aquisição de lagostas e vinhos para serem servidos aos ministros da Casa e a autoridades que fossem visitá-los.

O caso foi parar na Justiça e, entre o vaivém de libera e não libera de juízes e desembargadores, por fim, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu que a Corte poderia dar prosseguimento à licitação, mas com a condição de que o cardápio só seria compatível com eventos que contassem com a presença de ao menos duas “altas autoridades”.