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Celso de Mello prorroga inquérito de Moro contra Bolsonaro por mais 30 dias

Ministro do STF esclarece que a nova concessão atende ao pedido da PF para a realização de diligências ainda pendentes

atualizado

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1 de 1 Ministro - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 30 dias o inquérito que apura as acusações do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro sobre “interferência política” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal. As informações são do Estadão.

Ao pedir demissão do cargo, em abril, Moro revelou uma série de atos ilícitos que teriam sido cometidos por Bolsonaro. Segundo o ex-juiz da Lava Jato, o chefe do Executivo insistiu na troca do comando da Polícia Federal com interesses políticos e para proteger familiares.

É a segunda vez que Mello amplia o prazo das apurações – a última ocorreu no dia 8 de junho e deu mais um mês para o prosseguimento das investigações por parte da própria Polícia Federal.

Em despacho, Celso de Mello esclarece que a nova concessão atende ao pedido da PF para a realização de diligências ainda pendentes – uma delas é o depoimento de Bolsonaro no caso. A solicitação de oitiva será apreciada pelo ministro após manifestação do procurador-geral da República, Augusto Aras.

“Concedo, por mais 30 (trinta) dias, a dilação de prazo ora postulada pela ilustre autoridade policial federal para efeito de realização de diligências investigatórias ainda pendentes (ou que se façam eventualmente necessárias) quanto ao inquérito policial em referência, considerada a iminência do encerramento do prazo anteriormente deferido”, anotou o decano.

Pedido da PGR

Mello acolheu em abril o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para abrir investigações sobre as acusações feitas por Moro contra Bolsonaro.

O objetivo do inquérito é apurar se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de Justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.

Como Celso de Mello aceitou a investigação também sobre possíveis denunciação caluniosa e crime contra a honra, a investigação também abrange o próprio Moro. Caso ele não consiga provar as acusações, poderá ver as denúncias voltarem-se contra ele.

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