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Instituto de Segurança Pública do Rio cria Núcleo de Estudos ISPMulher

Mesmo com números em queda, diretora-presidente do ISP alerta sobre machismo estrutural e crimes acontecerem por serem mulheres

atualizado

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Rio de Janeiro – “É preciso apoio. Quando o homem dar o primeiro tapa, não vai mudar mais, é ilusão. Então, políticas públicas são fundamentais para dar coragem às vítimas”, desabafou uma mulher, de 28 anos, que denunciou o ex-marido no ano passado. Nesta terça-feira (9/2), o Instituto de Segurança Pública (ISP) anunciou a criação do Núcleo de Estudos ISPMulher.

O grupo, formado por servidoras do órgão, tem como objetivo subsidiar o Poder Executivo estadual com dados sobre a violência doméstica, que podem ser base para a criação de políticas públicas. O núcleo ainda será responsável por acompanhar os crimes de violência contra a mulher e elaborar estudos sobre o tema.

No ano passado, o Observatório Judicial de Violência Doméstica contra a Mulher do Tribunal de Justiça do Rio, registrou uma queda de 50% no número de ações de lesão corporal. Se em 2019, foram distribuídas 11.081, foram 5.351 casos em 2020. O número de feminicídios caiu de 143 para 70 no mesmo período.  

“O que ainda chama muito a atenção nos números é o fato dos crimes acontecerem simplesmente por elas serem mulheres. Então, a gente quer que políticas públicas sejam desenvolvidas a partir de dados técnicos. E mais: tem ainda a questão que deve ser debatida relacionada ao machismo estrutural na sociedade”, afirmou a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.

O órgão é responsável pelo Dossiê Mulher há 15 anos com base nos registros de ocorrências da Secretaria de Polícia Civil do Rio de Janeiro. 

Uma mulher foi vítima vítima de agressão durate 4 anos. No fim do ano passado, seu ex-marido foi preso por destruir sua casa e agredi-la, tudo porque ele não aceitava o fim do relacionamento.

“Fiz quatro registros de ocorrências para ele ser preso. Só no último, quando ele quebrou meu cotovelo, que a polícia agiu. O homem acha que é superior à gente, então a violência tem que ser denunciada, não há outro caminho”, defendeu a vítima, que é mãe de três filhos. 

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