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GO: homem que matou ex-sogro em farmácia é indiciado por homicídio

Polícia Civil concluiu inquérito que investigou morte do policial aposentado João do Rosário Leão, de 63 anos. Ex-genro o matou a tiros

atualizado

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Felipe Gabriel é suspeito de matar o ex-sogro, o policial civil aposentado João Rosário, em Goiânia
1 de 1 Felipe Gabriel é suspeito de matar o ex-sogro, o policial civil aposentado João Rosário, em Goiânia - Foto: Reprodução

Goiânia – O homem que foi filmado matando o ex-sogro a tiros dentro de uma farmácia em Goiânia, no final de junho, foi indiciado por homicídio qualificado. A Polícia Civil de Goiás (PCGO) concluiu o inquérito nessa segunda-feira (18/7) e remeterá o caso ao judiciário nesta terça (19/7).

Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, de 26 anos, entrou armado na farmácia do ex-sogro, o policial civil aposentado João do Rosário Leão, 63, e disparou a arma contra ele. Toda a ação foi registrada pelas câmeras de segurança do estabelecimento, que fica no Setor Bueno, bairro nobre da região sul de Goiânia.

Segundo a investigação, o motivo teria sido um registro de ocorrência feito por João do Rosário contra o ex-genro pelo crime de violência doméstica. O policial aposentado havia presenciado uma discussão entre Felipe e a filha, Kennya Yanka, de 26 anos, com quem o rapaz namorou por um ano. Na ocasião, ele sacou uma arma e atirou para o alto.

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O delegado responsável pelo caso, Rhaniel Almeida, explicou que a caracterização como crime qualificado decorreu do fato de Felipe ter agido de uma forma que dificultou a defesa da vítima e também por ter tido uma motivação considerada torpe.

O rapaz ficou foragido por dois dias, após matar o ex-sogro, e foi preso no dia 29/6. Desde então, ele segue detido. Com a conclusão do inquérito, a investigação solicitou à Justiça a conversão da prisão em regime temporário para prisão preventiva.

A Polícia Civil aguarda, ainda, a conclusão dos laudos de confronto microbalístico, que poderão comprovar que a arma apreendida com Felipe foi a mesma utilizada no crime.

Relação conturbada

Conforme o relatado, o jovem mantinha uma relação conturbada com a filha de João do Rosário, Kennya Yanka. No dia do crime, ele chegou a enviar uma mensagem para ela, dizendo que havia matado o pai dela. “Falei para ele não acabar com minha carreira”, escreveu Felipe.

No último dia 14/7, ele foi indiciado em outro inquérito, que investigou a denúncia de violência doméstica. A delegada Cybelle Tristão, da Delegacia da Mulher de Aparecida de Goiânia, concluiu pelo indiciamento dele pelos crimes de ameaça, violência psicológica, injúria e disparo de arma de fogo.

Ela explicou no relatório do inquérito que a violência praticada por ele era tão forte que a vítima “não conseguia romper o relacionamento”.

Ex-policial militar temporário

A intenção de Felipe era se inscrever para algum concurso na área de segurança. Ele já atuou como policial militar temporário e vigilante prisional também temporário.

O rapaz é filho de um tenente-coronel da PM reformado e parente do atual prefeito de Joviânia (GO). O próprio pai dele também ocupou o mesmo cargo no município.

No dia da prisão, ele foi encontrado pela polícia em uma casa no Setor Riviera, em Goiânia, onde se escondeu, na companhia de familiares.

Porte ilegal de arma de fogo

Felipe possui registro como atirador esportivo e tinha uma pistola em seu nome. A investigação descobriu, no entanto, que ele não possuía autorização para porte nem posse de arma.

A regra estabelece que, nesses casos, só é permitida o uso da arma em situações específicas, como estandes de tiro ou competições. Diante disso, ele foi indiciado também por porte ilegal de arma de fogo.

O delegado Rhaniel Almeida, disse, no decorrer da investigação, que havia descoberto que Felipe utilizava a pistola com frequência, sacando-a em discussões com a namorada e brigas de trânsito. “Ele podia usar essa arma tão somente para fins desportivos”, explicou.

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