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Fronteira entre Brasil e Venezuela vive clima de tensão

Após queima de roupas de venezuelanos, governo brasileiro se reúne para tentar solução para refugiados em Pacaraima

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Fronteira Pacaraima brasil venezuela
1 de 1 Fronteira Pacaraima brasil venezuela - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O clima de tensão em Pacaraima, município de Roraima, se mantém. A fronteira entre Brasil e Venezuela continua aberta, porém a população local responsabiliza os venezuelanos, mesmo que indiretamente, pela insegurança.

Nesta segunda-feira (20/8), o presidente Michel Temer se reúne, a partir das 15h, no Palácio do Planalto, tentar buscar solução para a crise envolvendo os imigrantes venezuelanos em Roraima.

Foram chamados os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Joaquim Silva e Luna (Defesa), Moreira Franco (Minas e Energia), Edson Duarte (Meio Ambiente), Gustavo Rocha (Direitos Humanos), Sergio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional), e Grace Maria Fernandes Mendonça (Advocacia-Geral da União). Já Raul Jungmann, da Segurança Pública, viaja  para a Colômbia para discutir o assunto.

No domingo (19/8), Vanderbegue Ribeiro, um dos manifestantes que chegou a fechar vias, participou com outros brasileiros de uma “carreata da paz”. O comércio fechou. Eles exigiram das autoridades o controle de entrada dos imigrantes do país vizinho. “Queremos apoio do governo, tanto federal quanto estadual.”

Conflito
Na Rua Suapi, uma das principais da cidade, o trabalhador autônomo e morador da fronteira Ari Silva afirmou que a revolta do fim de semana ocorre ainda pela intensa movimentação do tráfico de drogas na localidade.

“Não estamos revoltados com os imigrantes, mas com a criminalidade em decorrência dessa desorganização social aqui.” Outros falam em superlotação de serviços de saúde e em abandono pelos governos local e federal.

OAB
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, que esteve na região na semana passada, também relatou o clima de revolta na fronteira.

Para ele, todos os estados brasileiros devem dividir a responsabilidade para preservar moradores de Roraima e imigrantes venezuelanos, “antes de acontecer uma tragédia”.

“A população de Roraima está se revoltando porque a criminalidade está crescendo e o estado não tem recurso. O que era uma questão humanitária agora tem forte conotação de segurança.”

(Com informações da Agência Brasil e da Agência Estado)

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