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Foragido há um mês, Cesare Battisti é preso na Bolívia

A informação foi confirmada pela Polícia Federal na madrugada deste domingo. Não há informações sobre os próximos passos

atualizado

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Ansa/Reprodução
cesare battisti
1 de 1 cesare battisti - Foto: Ansa/Reprodução

Foragido há um mês, o terrorista italiano Cesare Battisti, de 64 anos, foi preso na Bolívia. A informação foi confirmada pela Polícia Federal do Brasil na madrugada deste domingo (13/1).

Desde o dia 14 de dezembro, Battisti era considerado oficialmente foragido, já que descumpriu ordem de prisão do dia anterior. Foram realizadas mais de 30 ações pela PF para encontrá-lo, até então sem sucesso.

Battisti estava oficialmente asilado no Brasil desde 2010 quando, no último ato do seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que ele poderia permanecer no país.

A situação mudou, porém, no último dia 14 de dezembro, quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinou que a prisão poderia ser revogada. Na sequência, o então presidente Michel Temer (MDB) voltou atrás na decisão que permitia a ele viver no Brasil. Battisti, então, fugiu.

Confira o vídeo divulgado pela polícia italiana momentos antes da prisão de Cesare Battisti:

O italiano foi preso na cidade de Santa Cruz de La Sierra, uma da maiores da Bolívia. Não há detalhes, por ora, de como a investigação da Polícia Federal chegou até o foragido. Apesar de confirmar a informação da sua prisão, a PF não informou os próximos passos a serem tomados.

Histórico
Battisti integrou nos anos 1970, na Itália, um grupo terrorista de esquerda chamado Proletários Armados e foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios. Ele fugiu do seu país e foi preso em 2007, no Rio de Janeiro. O então ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, concedeu a ele o status de refugiado político, decisão muito criticada na Itália.

Ainda em 2007, a Itália pediu a extradição do condenado. Em 2010, o Supremo Tribunal Federal julgou o pedido procedente, mas deixou a palavra final ao presidente da República. À época, o presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva negou a extradição no último dia de mandato.

A situação de Battisti retornou aos noticiários durante a campanha eleitoral de 2018. O então candidato Jair Bolsonaro (PSL) externou o desejo de extradita-lo. O ministro do interior da Itália, Matteo Salvini, deixou clara a intenção de formular um pedido imediato para que isso ocorresse.

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