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Filho de Vladimir e Clarice Herzog, Ivo celebra perdão à mãe. Vídeo

Ivo Herzog representou a mãe, Clarice, na sessão da Comissão de Anistia que pediu perdão pela perseguição durante ditadura militar

atualizado

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Bruno Spada/Câmara dos Deputados
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1 de 1 imagem colorida mostra ivo herzog na comissão de anistia - Metrópoles - Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog, celebrou, nesta quarta-feira (3/4), o pedido de perdão concedido pela Comissão de Anistia à mãe, a publicitária Clarice Herzog. O julgamento foi realizado no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados.

“Foi uma sessão muito especial, porque é uma homenagem às mulheres na figura da minha mãe”, afirmou Ivo ao Metrópoles.

“O pedido de desculpas do Estado pelos crimes e atrocidades que fizeram durante a ditadura, que afetaram centenas de pessoas, é    uma coisa muito importante, uma das coisas que a gente vem lutando há muitos anos”, continuou.

“Foi um momento de relembrar a história da minha mãe. Senti muito orgulho de quem ela é”, destacou Ivo.

Veja o vídeo:

Homenagem às mulheres

A Comissão de Anistia aprovou de forma unânime, nesta quarta-feira (3/4), o pedido de concessão de anistia à Clarice Herzog. A publicitária é viúva do jornalista Vladimir Herzog, preso, torturado e morto em 1975 pela ditadura militar.

A decisão visa reconhecer a perseguição enfrentada por Clarice Herzog durante os anos de regime militar no Brasil, pela busca por esclarecimentos sobre o assassinato do marido. A relatora, conselheira Vanda Davi Fernandes de Oliveira, votou favoravelmente ao pedido de desculpas em nome do Estado brasileiro, com reparação econômica de caráter indenizatório.

Para a presidente da Comissão de Anistia, Eneá de Stutz e Almeida, a decisão tem um simbolismo duplo: homenagear as mulheres e marcar a posição de “ditadura nunca mais”. “Para a gente lembrar tudo que aconteceu e para que nunca mais se repita”, destacou ao Metrópoles.

“A CLP entendeu que seria interessante fazer uma homenagem às mulheres e o melhor jeito de fazer isso no ano de 2024, em que o golpe completa 60 anos, seria juntando as duas coisas e fazendo o julgamento desse caso da Clarice Herzog”, explicou Eneá.

Relembre o caso Herzog

Vladimir, ou “Vlado”, como era conhecido, foi vítima do regime militar e o falecimento, inicialmente registrado como suicídio, foi posteriormente reconhecido como resultado de tortura e maus-tratos sofridos durante interrogatório nas dependências do Departamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna (Doi-Codi), em São Paulo.

O reconhecimento veio em 2013, quando a família obteve na Justiça a alteração no atestado de óbito. Desde então, Clarice tem se empenhado em denunciar violações de direitos humanos cometidas durante o regime militar no Brasil.

Vladimir Herzog foi um renomado jornalista brasileiro, nascido em 1937 na Iugoslávia e naturalizado brasileiro. Atuou como editor-chefe do telejornal “Hora da Notícia”, da TV Cultura, em São Paulo.

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