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Estupro e esfaqueamento faziam parte de plano em massacre de Suzano

A polícia reuniu um relatório com mais de 10 provas sobre a participação de um terceiro suspeito e o plano do trio para o crime

atualizado

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Rafaela Felicciano / Metrópoles
3 menor apreendido em Suzano
1 de 1 3 menor apreendido em Suzano - Foto: Rafaela Felicciano / Metrópoles

Enviado especial a Suzano (SP) – O relatório que pede a apreensão do menor de 17 anos suspeito de envolvimento no massacre da Escola Estadual Raul Brasil apresenta ao menos 10 provas da participação dele, como mensagens trocadas em aplicativos antes do crime e depoimentos de testemunhas. Entre as ações planejadas pelo trio estavam a matança de namorados de meninas da escola e estupro coletivo.

Conversas entre os três, que constam no relatório técnico do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, revelam o planejamento do trio. “Eu e o Taucci iríamos um pra cada lado com facas. Eu ia executar os namorados primeiro (os que ficam mais escondidos), e ele, o povão lá do meio do pátio”, detalhou o menor em uma mensagem.

O trio ainda traçou os passos para um estupro coletivo. “A gente ia deixar as garotas nuas, executar algumas no meio do pátio, deixar o corpo de uma forma humilhante, e fazer coisas a mais, para o crime ficar inesquecível”, descreveu o menor em mensagem.

Quando um interlocutor disse que os fatos ganhariam repercussão, principalmente se ocorresse estupro, ele respondeu que “era a intenção”. “Nos baseamos em alguns jogos para pensar nisso, tipo matar uma galera na frente de uma mina [sic], e esfaquear quem ela gosta e deixar uma amiga de refém”, completou na conversa.

O menor também enviou mensagem a Guilherme Taucci Medeiros, 17 anos, um dos atiradores, após o ataque no Raul Brasil. “Teve um tiroteio dentro da escola viado. Mano, dois adolescentes. E eles se mataram. Taucci, um dos atiradores tinha um machado igual ao seu”, disse.

Investigações
Segundo a polícia, o adolescente teria ajudado os atiradores Guilherme Taucci e Luiz Henrique de Castro, 25, a planejar o ataque. Contudo, os investigadores não acreditam que ele esteve na escola onde o crime aconteceu.

No dia do ataque, o atirador Guilherme Taucci teria reconhecido a irmã do adolescente apreendido nesta terça-feira (19/3) nos corredores do Raul Brasil e a poupou de uma agressão. Ele a deixou sair ilesa, explica a representação para reconsideração de medida cautelar, obtida pelo Metrópoles.

A Polícia Civil descobriu também que o celular usado pelo adolescente suspeito é fruto de um roubo a residência ocorrido em novembro de 2015. O documento com as provas é assinado pelos delegados Alexandre Dias e Jaime Pimentel.

Depoimento
Nesta terça-feira (19), o menor foi ouvido em audiência de apresentação no Fórum de Suzano. A juíza Erica Marcelino Cruz manteve a decisão de deixar o adolescente internado por 45 dias em uma unidade da Fundação Casa.

Na última sexta-feira (15), ele prestou depoimento por quase três horas, negou participação no crime e foi liberado. Na casa do menor, no entanto, a polícia encontrou roupas e itens semelhantes aos usados pelos assassinos no dia do massacre. Para os investigadores, há indícios claros de que o adolescente arquitetou o atentado com os dois atiradores.

Quatro estudantes permanecem hospitalizados e as aulas no colégio Raul Brasil estão suspensas.

A escola Raul Brasil foi reaberta nessa segunda-feira (18/3):

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