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Esplanada recebe 600 lenços brancos em homenagem às vítimas da Covid

Os lenços serão entregues ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19, ao fim do dia

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
ONG Rio de Paz, realiza manifestação com 600 lenços brancos ao gramado do Congresso para encerramento da CPI (3)
1 de 1 ONG Rio de Paz, realiza manifestação com 600 lenços brancos ao gramado do Congresso para encerramento da CPI (3) - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Mais uma homenagem às vítimas da Covid-19 ocupou a Esplanada dos Ministérios. Nesta segunda-feira (18/10), membros da organização não governamental (ONG) Rio de Paz estenderam 600 lenços brancos em varais, posicionados em frente ao Congresso Nacional.

Além de homenagear as vidas perdidas pelo coronavírus, o ato, que ocorre até as 11h, visa chamar atenção dos senadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 no Senado Federal, que está na reta final.

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Ao lado dos lenços brancos, também foram penduradas algumas bandeiras do Brasil. Antes de desembarcar em Brasília, os organizadores do ato fizeram a manifestação em uma praia do Rio de Janeiro.

Nas redes sociais, Antônio Carlos Costa, presidente da Rio de Paz, afirmou que os lenços brancos “simbolizam a dor da saudade”.

“Isso porque 600 mil brasileiros tiveram sua vida interrompida por esta pandemia. Fomos a segunda nação do mundo em números absoluto de pessoas mortas pela Covid-19, e a sétima em número de mortos por milhão de pessoas. Porque ocupamos este posto? Onde erramos? Quem são os principais responsáveis por esta tragédia? Não há como isentar a culpa do governo federal”, ressaltou.

A homenagem promovida pela ONG termina ao fim do dia, com a participação do taxista Márcio Antônio, pai de uma vítima da Covid-19, em uma audiência da CPI, ao lado de outras pessoas que perderam familiares para a doença.

O taxista entregará os lenços brancos estendidos na Esplanada durante a manhã ao senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice presidente da comissão.

“A CPI da Covid-19 tem o nosso apoio integral, uma vez que se trata de iniciativa que visa não deixar passar em branco um crime que foi cometido contra a vida do povo brasileiro. O governo federal errou desde o início. Menosprezou o poder letal do vírus e foi incapaz de criar um gabinete de crise a fim de apresentar ao meu país uma política comum de combate ao vírus”, pontuou Antônio em publicação feita nas redes sociais da ONG.

Nas últimas 24 horas, foram notificados 130 óbitos em decorrência do novo coronavírus no país. O número de mortes em um dia é o mais baixo desde 8 de novembro de 2020, quando foram registradas 128. Desde o início da pandemia, o país perdeu 603,2 mil vidas para a doença. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Reta final

O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid, afirmou, neste domingo (17/10), que a leitura do relatório final da comissão foi adiada, a pedido do presidente Omar Aziz (PSD-AM), para a próxima semana. A nova data está prevista para quarta-feira (20/10).

De acordo com interlocutores ouvidos pelo Metrópoles, o presidente da CPI quer alinhar os trechos do relatório final para facilitar a aprovação do parecer.

Além disso, Calheiros também deve apresentar a versão do texto ao chamado G7 da CPI, conhecido como um grupo majoritário da comissão, antes de submeter o documento ao plenário.

O último depoimento, previsto para ocorrer nesta segunda-feira (18/10), também foi adiado e passou para terça-feira (19/10).

O depoente escolhido para a sessão final é Nelson Mussolini, membro do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Ele também é integrante da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

Na última semana, o Metrópoles mostrou que Mussolini e outros integrantes da Conitec discordaram da retirada da pauta do relatório que não recomenda o uso de medicamentos do chamado kit Covid para tratamento ambulatorial de pacientes acometidos com a doença.

O documento seria apresentado à Conitec no dia 7 de outubro. No entanto, após solicitação do professor Carlos Carvalho, coordenador do grupo de estudos que preparou o documento, a apresentação foi retirada de pauta. Os integrantes da Conitec não foram informados previamente.

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