1 de 1 Crime na escola em Suzano
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
A pesquisadora da Universidade de Brasília Tábata Gerk afirma que o ataque que resultou em 10 pessoas mortas – entre eles, os dois assassinos – na cidade de Suzano guarda muitas semelhanças com o massacre de Columbine, ocorrido nos Estados Unidos há quase 20 anos. E, em tom de alerta, avisa sobre uma “epidemia” mundial de eventos com essas características.
“O ataque em Suzano não é um fato isolado. Realengo também não foi. Nem as mortes de Goiânia. Precisamos aceitar isso para encararmos de frente o problema e criarmos estratégias para evitá-lo”, pontua.
Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, 25, cometeram suicídio depois do atentado
De acordo com a psicóloga, que estuda o tema Atentados em Escolas há sete anos, é impossível apontar uma única causa para as ocorrências de violência em massa. “São ataques contra a instituição escola, mas, com absoluta certeza, o problema não está só ali”, afirma Tábata.
Antes de chegar a uma atitude extrema contra os outros e contra si mesmos, os jovens vivem situações de desequilíbrio emocional em outros campos. “Como é possível que o rapaz tenha publicado uma foto segurando uma arma e ninguém de seu círculo próximo não tenha reparado?”, questiona.
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
ANANDA MIGLIANO/O FOTOGRAFICO/ESTADAO CONTEUDO
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Sepultamento de vítima do massacre de Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Caixão sendo enterrado em Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Velório dos mortos na escola em Suzano
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Velerio das vitimas do ataque em escola de Suzano
Velório de vítimas do ataque em escola de Suzano
RAFAELA FELICCIANO/METRÓPOLES
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Os pontos coincidentes entre Columbine e Suzano são a preparação para o evento – tanto em um caso como no outro o atentado foi planejado, a associação entre duas pessoas – a ideia sobre o crime e a intenção de cometê-lo foi compartilhada, e a decisão de acabar com a própria vida depois do fato – não se sabe se houve pacto de morte ou não, mas o adolescente Guilherme, de 17 anos, teria se matado depois de executar o parceiro do crime, Luiz Henrique, 25 anos.
A publicidade em relação aos assassinatos seria outra semelhança: os assassinos de Columbine mantiveram um blog em que relatavam de maneira cifrada os preparativos, e o adolescente de Suzano fez imagens prévias que foram postadas em redes sociais.
A pesquisadora sugere que pais, amigos e a comunidade escolar estejam atentos a mudanças de comportamento. “A conversa franca com adolescentes e jovens é fundamental para que possamos prevenir eventos violentos”, afirma.
Falta de interesse pela escola, tendências de isolamento e dificuldade de estabelecer amizades podem sugerir que o jovem está enfrentando algum problema de relacionamento. “São sinais que precisam ser observados e, em alguns casos, é necessária, inclusive, a intervenção de um profissional”, afirma Tábata Gerk.