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Empresária que matou mulher atropelada tinha ciência do ato, diz laudo

Laudo do TJGO aponta que, apesar de transtorno de personalidade, empresária tinha consciência no momento do crime

atualizado

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Reprodução/Instagram
goias empresaria atropela e mata mulher em distribuidora
1 de 1 goias empresaria atropela e mata mulher em distribuidora - Foto: Reprodução/Instagram

Goiânia – A empresária acusada de matar uma mulher atropelada em uma distribuidora de bebidas, na capital goiana, era capaz de entender o que estava fazendo no momento do ato, diz o laudo assinado pela psiquiatra da junta médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO). Conforme o documento, juntado ao processo nesta semana, Murielly Alves Costa, 27 anos (foto em destaque), sofre de transtorno de personalidade, mas tem consciência de seus atos.

Após uma briga, Murielly atropelou e matou Bárbara Angélica Barbosa Silva, 30. Ela foi indiciada por homicídio duplamente qualificado por motivo fútil, que impossibilitou a defesa da vítima, além de tentativa de homicídio pelo mesmo motivo. Ela está presa.

A situação, que aconteceu em abril deste ano, foi registrada por câmeras de segurança. Veja o vídeo:

Pouco tempo depois do crime, a Polícia Técnico Científica emitiu laudo atestando que a empresária tinha visão clara das vítimas antes de atingi-las com o carro.

Tratamento psicológico

Conforme o laudo, mesmo na prisão, Murielly faz uso de remédios para tratar alcoolismo, transtorno bipolar e depressão. O documento aponta que ela usou medicamento para epilepsia até os 5 anos.

A empresária relatou que começou a fazer tratamento psiquiátrico aos 13 anos, depois de sofrer um suposto abuso, mas a terapia era feita de forma irregular. Ela contou que começou a consumir bebida alcoólica aos 13 e fazia isso todos os dias. Na prisão, ela está usando remédio para tratar alcoolismo, transtorno bipolar e depressão.

A mãe de Murielly também foi ouvida pela médica e contou que a filha era muito agitada e tinha crises nervosas. Com isso, a psiquiatra recomendou tratamento psicológico.

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Atropelamento

O caso aconteceu na madrugada de 21 de abril no Jardim Pompeia, região sudeste da capital. À polícia a empresária disse não se lembrar do caso e, durante o depoimento, ficou em silêncio.

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Marcos Gomes, Murielly chegou embriagada à distribuidora de bebidas onde ocorreu o crime. No local, ela causou confusão com várias pessoas, inclusive com o proprietário do estabelecimento.

As vítimas tentaram intervir, o que gerou nova discussão. Em determinado momento, uma das mulheres jogou um copo de cerveja na empresária. Em seguida, a suspeita entrou no carro e foi embora. Minutos mais tarde, voltou ao local e atropelou as vítimas.

Na sequência, Bárbara Angélica tentou pegar a chave do carro da influencer, que acelerou o veículo e a prensou em uma pilastra. A mulher não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A outra vítima, Kamyla Lima, companheira de Bárbara, foi levada para o hospital e recebeu alta.

Depois do crime, a empresária fugiu do local. Ela foi encontrada por policiais na cidade de Nerópolis, na região metropolitana de Goiânia. À Polícia Militar Murielly afirmou que não se lembrava do ocorrido. Os militares, então, mostraram o vídeo do crime, e ela se reconheceu nas imagens. A acusada foi presa em flagrante e encaminhada à Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH).

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