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Em tribunal, Witzel se defende contra impeachment: “Renunciar, jamais”

Em sessão que durou 5 horas, governador afastado alegou que não sabia de propina na Secretaria de Saúde e responsabilizou ex-auxiliar

atualizado

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Foto: Aline Massuca/Metrópoles
Governador afastado Wilson Witzel participa de sessão de TEM
1 de 1 Governador afastado Wilson Witzel participa de sessão de TEM - Foto: Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – Por quase 5 horas, o governador afastado do Rio de Janeiro Wilson Witzel (PSC) respondeu a todos os questionamentos feitos por desembargadores e deputados estaduais do Tribunal Especial Misto (TEM), na tarde e noite desta quarta-feira (7/4), durante sessão de julgamento do processo de impeachment.

Witzel alegou que não sabia do esquema de propina na Secretaria Estadual de Saúde e buscou se defender de todas as acusações.

“Renunciar, jamais. Eu me emocionei hoje. É um processo doloroso para minha família. Foi uma campanha de amor, por um ideal. Eu não estou na política por dinheiro”, disse.

O governador afastado atribuiu, a todo momento, todas as denúncias ao ex-secretário Edmar Santos e ao empresário Edson Torres, o qual ele chamou de “líder da quadrilha”.

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Agora, a acusação terá 10 dias para apresentar as alegações finais. O deputado estadual Luiz Paulo Corrêa da Rocha (Cidadania) anunciou que irá entregar seu parecer em até 48 horas. Em seguida, com o prazo máximo de 10 dias, a defesa será convocada para também mostrar suas considerações finais.

“Depois de passar 10 meses, temos convicção plena de que houve crime de responsabilidade e de que o crime é justo”, afirmou Luiz Paulo, após a sessão.

Com as alegações da defesa e acusação, o presidente do TEM, Henrique Figueira, marcará a data da nova sessão do processo de impeachment de Wilson Witzel.

Nessa nova sessão do TEM, o relator do processo, o deputado Waldeck Carneiro (PT), dará seu voto. Acusação e defesa, então, terão 30 minutos cada uma para fazer sua explanação final.

Na sequência, deputados e desembargadores votam. Para o impeachment de Witzel são necessários sete votos.

Vídeo: Witzel explica o que o levou a destituir sua defesa horas antes do julgamento

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