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Wilson Witzel e ex-secretário duelam durante julgamento de impeachment

Governador do Rio afastado questiona Edmar Santos em Tribunal Especial Misto e ouve que requalificar OS seria “batom na sua cueca”

atualizado

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Foto: Aline Massuca/Metrópoles
Governador afastado Wilson Witzel participa de sessão de TEM
1 de 1 Governador afastado Wilson Witzel participa de sessão de TEM - Foto: Foto: Aline Massuca/Metrópoles

Rio de Janeiro – A sessão de julgamento do processo de impeachment de Wilson Witzel (PSC), no Tribunal Especial Misto (TEM), virou um confronto entre o governador afastado e o ex-secretário de saúde Edmar Santos.

O depoimento do principal delator do esquema de corrupção na secretaria estadual de Saúde começou pouco depois das 12h, no Tribunal de Justiça do Rio, e Wilson Witzel é quem faz as perguntas para Edmar. O médico chegou ao TEM envolvido em um pano vermelho.

O ex-secretário contou ao TEM que avisou ao governador afastado, em uma conversa na varanda do gabinete de Witzel no Palácio Guanabara, que requalificar a Organização Social (OS) Unir Saúde na “canetada” seria “batom na sua cueca”.

Edmar Santos disse que, quando chegou à secretaria, queria ter auditado todos os contratos com as Organizações Sociais (OSs) com um policial federal escolhido por ele. Segundo o ex-secretário, não conseguiu avançar porque o agente foi retirado da função e acabou só recebendo os relatórios até fevereiro do ano passado. “Passei, então, a ser um obstáculo do esquema”, declarou.

O médico e ex-secretário confirmou ainda ao Tribunal que, durante a gestão, fez duas indicações políticas dentro da secretaria.

O Tribunal Especial Misto (TEM) é formado por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais do Rio de Janeiro.

No dia 29 de janeiro, a Justiça do Rio determinou o bloqueio de R$ 2,6 milhões da organização social Unir Saúde e de outros acusados de superfaturamento em um contrato com a Prefeitura de Itaperuna, cidade do interior do Rio de Janeiro.

Essa organização social é peça-chave no processo de impeachment contra Wilson Witzel. O governador afastado do Rio de Janeiro é acusado de crime de responsabilidade por ter requalificado a Unir Saúde, que até então estava proibida de fechar contrato com o estado por diversas irregularidades.

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