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Em SP, Guilherme Boulos se encontra com evangélicos “convertidos” ao PSol

Candidato se reuniu com pastores e ministros na sede do partido socialista para pedir união e votos do povo dos fiéis

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Guilherme Boulos, candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo
1 de 1 Guilherme Boulos, candidato do PSol à Prefeitura de São Paulo - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

São Paulo – Guilherme Boulos (PSol) se reuniu na tarde desta quarta-feira (11/11) com evangélicos militantes do PSol, que, por sua vez, tentaram atrair amigos para conhecer o candidato ativista. Diferentemente de reuniões de outros candidatos —Márcio França chegou a ser abençoado por 500 pastores—, Boulos encontrou uma roda com pouco mais de 20 pessoas.

“Aqui não tem empresa que vende fé, não, aqui é a igreja de verdade, aqui é o povo de Deus”, afirmou o pastor e cantor Armando Silva, sobre não haver um representante de cúpula de nenhuma denominação evangélica no evento.

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Nordestino e seguidor da Assembleia de Deus, Silva diz que, “infelizmente, muitas pessoas distorcem a palavra do Senhor Jesus na política”, em crítica ao que ele considera “muita intolerância, falta de visão das necessidades do povo e divisão nas famílias”.

Com evangélicos já convertidos à causa do PSol, Guilherme Boulos não teve dificuldade de empolgar a plateia, formada também por donas de casa e jovens com camiseta estampada com a frase “Eu sou evangélico, não sou homofóbico, não sou racista, não sou fascista”.

Boulos adotou tom anti-Bolsonaro na conversa. “Muitos de vocês estão aqui porque não estão satisfeitos com Jair Bolsonaro, a posição dele é de ódio e nada tem a ver com a fé cristã”, disse para se apresentar como a alternativa contra o bolsonarismo nas eleições municipais. “Eu tenho fé que nós vamos para o segundo turno”, disse Boulos. “Amém!” respondeu uma senhora empolgada logo em seguida.

Embora não seja praticante de nenhuma religião, Guilherme Boulos declarou em dissertação de mestrado que as práticas religiosas têm “efeito terapêutico, com resgate de autoestima e criação de sentimento de comunidade”, fato observado pelo ativista em ocupações dos movimentos sociais em que militou.

Social

Entre os evangélicos presentes, é elogiado não apenas por suas “propostas voltadas para o social”, mas também por ter uma família que consideram modelo. O candidato progressista mantem união estável com a também ativista Natalia Szermeta, com quem tem duas filhas, uma de 6 e outra de 8 anos.

O encontro, no entanto não foi focado em pautas morais, mas em problemas de saúde e educação. “As reivindicações dos evangélicos são as mesmas das pessoas que moram na periferia. Quando uma pessoa está na fila do posto de saúde, ninguém pergunta se é evangélico ou se é católico”, afirmou Guilherme Boulos.

Guilherme Boulos está numericamente em segundo lugar nas pesquisas de intenções de votos em São Paulo. Considerando margem de erro, ele está tecnicamente empatado com Celso Russomanno (Republicanos) e Márcio França (PSB) que possuem apoio explícito de lideranças evangélicas.

Entre esse eleitorado, Boulos conta com 6% da preferência, bem atrás de Bruno Covas (PSDB), que conquista 37% dos evangélicos, ou de Celso Russomanno, que tem 17% das intenções de voto dessa população.

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