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Em protesto contra Crivella, manifestantes invadem Prefeitura do Rio

O grupo pedia a saída do prefeito após ele ter aparecido oferecendo privilégios a líderes da igreja Universal

atualizado

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Antonio Cruz/ABr
Marcelo Crivella
1 de 1 Marcelo Crivella - Foto: Antonio Cruz/ABr

Um grupo de manifestantes, que se diziam servidores municipais, invadiu o 13º andar da sede administrativa da Prefeitura do Rio, no centro da cidade, na manhã desta quarta-feira, (11/7). Pedindo a saída do prefeito Marcelo Crivella (PRB) do cargo, eles foram interceptados por guardas municipais no corredor do prédio e se retiraram.

Segundo a prefeitura, o manifesto acabou em poucos minutos e o grupo “se retirou pacificamente da prefeitura”. O vereador David Miranda (PSOL), que estava com os manifestantes, relatou, porém, que a Guarda Municipal agiu com truculência.

“O movimento estava pacífico até a hora que tentaram agredir a gente. A Guarda Municipal, truculenta mais uma vez, machucou uma de nossas companheiras. Tivemos que agarrá-la porque a seguraram fortemente. Mas nós mostramos o nosso recado”, disse Miranda, em um vídeo divulgado em seu Facebook, falando ainda de dentro do prédio.

Crivella passa por uma crise institucional desde quando foi divulgada uma reunião fechada, no Palácio da Cidade, na qual ele ofereceu ajuda a pastores e líderes religiosos da Universal em cirurgias de catarata e varizes pelo SUS. Além disso, ele ofertou auxílio a pastores que estivessem com problemas de IPTU em seus templos.

David Miranda foi um dos 17 vereadores que assinou, nesta terça-feira, (10/7) um pedido de sessão extraordinária para votar a abertura de processo de impeachment do prefeito. Com isso, os parlamentares deverão voltar do recesso, nesta quinta-feira, (12/7) para decidir a questão.

A assessoria da Prefeitura do Rio informou que recebeu com “muita tranquilidade” a notícia de que o pedido de impeachment será avaliado pela Câmara Municipal.

“Inclusive, o prefeito Marcelo Crivella aconselhou sua base a abrir um pedido de mesmo teor àquele apresentado pela oposição, para que tudo possa ser esclarecido. O documento da base protocolado tem, até agora, 26 assinaturas, e a expectativa é que chegue a 30 signatários, 13 a mais do que as assinaturas obtidas pelos vereadores da oposição no outro pedido”, informou.

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