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Em meio a impasse, Bolsonaro confirma participação na abertura do STF

O chefe do Executivo federal confirmou que estará na cerimônia virtual de abertura do Ano Judiciário. O presidente do STF conduzirá a sessão

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Jair Bolsonaro
1 de 1 Jair Bolsonaro - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Em meio à crise provocada após o presidente Jair Bolsonaro  (PL) descumprir uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, o chefe do Executivo federal confirmou sua presença na abertura do Ano Judiciário, no Supremo Tribunal Federal (STF).

A cerimônia totalmente remota será realizada nesta terça-feira (1/2), às 10h. É de praxe que o presidente participe.

Na cerimônia de abertura, Bolsonaro será anunciado virtualmente, mas acompanha como expectador. Só falam na sessão o presidente da Corte, ministro Luiz Fux; o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

A Suprema Corte havia retomado as sessões presenciais de julgamento em outubro de 2021, no entanto, com o aumento de casos de coronavírus, infecção pela variante Ômicron e lotação das unidades de tratamento intensivo (UTIs) em 100% no DF, o presidente do STF, ministro LuizFux, decidiu voltar ao trabalho remoto. Por isso, a cerimônia será remota.

Crise

Na última semana, o presidente Jair Bolsonaro faltou ao depoimento marcado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, na Polícia Federal, no inquérito que investiga o suposto vazamento de informações sigilosas do TSE durante uma transmissão ao vivo feitas nas redes sociais pelo chefe do Executivo federal.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia determinado que Bolsonaro prestasse depoimento à Polícia Federal às 14h de sexta-feira (28/1). O presidente, no entanto, não compareceu e entrou com um recurso no Supremo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), para que ele não fosse obrigado a cumprir a ordem de Moraes. Minutos depois, o ministro negou o pedido.

Em carta à PF, Bolsonaro disse que exerceu o “direito de ausência” ao não comparecer à sede da Superintendência do órgão.

Nesta segunda-feira (31/1), Bolsonaro declarou que não foi ao depoimento por ter seguido orientações da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Segui as orientações do advogado-geral da União, Bruno Bianco. Tudo que foi tratado por esse advogado, que nos defende, eu cumpri à risca. E com toda certeza o plenário do Supremo Tribunal Federal vai decidir essa questão […] A decisão [de não comparecer] foi do advogado”, afirmou o presidente.

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