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PT adia decisão sobre apoio de Lula a Freixo no Rio de Janeiro

A executiva do partido chegou a discutir o assunto nesta quinta, mas preferiu tentar mais um acordo com o PSB sobre vaga ao Senado

atualizado

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Divulgação/Ricardo Stuckert
Lula e Marcelo Freixo
1 de 1 Lula e Marcelo Freixo - Foto: Divulgação/Ricardo Stuckert

Em reunião nesta quinta-feira (4/8), a executiva nacional do PT preferiu adiar a decisão sobre a retirada do apoio à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro. O partido preferiu aguardar os passos do PSB em relação à candidatura de Alessandro Molon (PSB) ao Senado, após o partido sinalizar que não destinará recursos do fundo partidário e eleitoral para ele.

Os petistas consideraram importante a sinalização do PSB em nome da aliança com Lula e preferiram esperar. A decisão de tirar oxigênio da candidatura de Molon foi tomada pela cúpula do partido na noite de quarta-feira (3/8). Dessa forma, caso mantenha seu nome, ele não poderá contar com recursos do fundo eleitoral.

Uma nova reunião do PT para discutir o assunto ficou marcada para esta sexta-feira (5/8), às 12h30.

Segundo participantes da reunião desta quinta, o sentimento majoritário é de manter o apoio a Freixo, mas com a vaga ao Senado sendo disputada por André Ceciliano (PT).

A disputa pela vaga do Senado tem gerado um clima tenso para a chapa Lula/Alckmin.

Enquanto petistas acusam o PSB de querer somente apoio no estado e nunca apoiar, do lado socialista membros do partido lembram que, por ter priorizado a eleição presidencial, a legenda de Lula deveria ser mais generosa com aliados nas composições locais.

Membros do partido de Alckmin chegaram a reclamar que o PT aceitou se retirar da disputa pelo Senado em Minas, dando lugar ao PSD, de Gilberto Kassab, que não integra a aliança nacional de Lula, e não é capaz de fazer o mesmo em relação ao PSB no Rio, lembrando que a legenda é a principal aliada do petista.

No caso de Minas, o PT sacrificou a candidatura ao Senado de Reginaldo Lopes, atual líder do partido na Câmara, para apoiar o nome de Alexandre Silveira (PSD), mesmo com o apoio de Lula ao ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSB) ao governo.

 Reunião

A reunião da Executiva ocorreu de forma virtual. A comissão conta com 31 membros aptos a votar, entre eles a presidente da legenda, Gleisi Hoffmann, os dois líderes do Senado, Paulo Rocha (PA), e da Câmara, Reginaldo Lopes (MG), entre outros dirigentes.

Além de discutir a composição no Rio, os membros da executiva também decidiram por lançar candidaturas em MT, MS e Goiás.

Prioridade

Desde o início do ano, o PT decidiu que todas as composições nos estados estariam submetidas à direção nacional do partido que priorizou a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto.

Apesar disso, o PT local aprovou, na terça-feira (2/8), uma resolução para retirar o apoio à candidatura de Freixo, alegando a insistência do PSB em lançar Molon, em contraponto à candidatura de Ceciliano, que também já recebeu o aval de Lula.

A aliança no Rio com o PSB foi um dos primeiros pontos tratados na relação com o PSB, dentro das exigências apresentadas pela legenda aliada, que abriga o vice na chapa de Lula, Geraldo Alckmin (PSB-SP).

Lula já anunciou apoio a Freixo. Inclusive, realizou um grande evento na Cinelândia ao lado dele. No dia do evento, a disputa pela vaga ao Senado chegou a provocar uma briga no bar Amarelinho, na Cinelândia.

Petistas fluminenses ameaçam migrar o apoio para o candidato do PDT ao governo local, Rodrigo Neves.

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