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“Ninguém quer dar golpe”, diz Bolsonaro sobre eleições de 2022

Presidente chamou o ministro Luís Roberto Barroso de “criminoso” e disse que Luiz Fux deveria ser investigado por fake news

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro discursa durante convenção que lançou candidatura de seu ex-líder na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo , ao Governo de Goiás
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro discursa durante convenção que lançou candidatura de seu ex-líder na Câmara dos Deputados, Major Vitor Hugo , ao Governo de Goiás - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (2/8), que “ninguém quer dar golpe” e voltou a defender as propostas apresentadas pelas Forças Armadas para as eleições de 2022. Alguns dos itens foram acatados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a maioria foi negada sob a justificativa de que não há tempo hábil para implementação no pleito deste ano.

O mandatário ainda acusou o ex-presidente da Corte Eleitoral Luís Roberto Barroso de ter interferido politicamente no Congresso para rejeição da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso.

“Ninguém quer dar golpe. Ninguém quer: ‘Ah, não vai ter eleição’. Nós queremos é transparência”, iniciou Bolsonaro em entrevista à rádio Guaíba.

“No ano passado o Congresso ia aprovar o voto impresso numa PEC. O que o Barroso fez? Ele era presidente do TSE. Foi dentro do Parlamento, nem tentou fazer escondido, foi para dentro do Parlamento, reuniu-se com uma dezena de líderes e no dia seguinte vários líderes trocaram os integrantes da comissão de modo que eles votaram contra a PEC do voto impresso. É interferência direta. É uma interferência política, isso é um crime previsto na Constituição. O Barroso é um criminoso”, disparou o chefe do Executivo federal. “Tu é um mentiroso, um mentiroso”, continuou.

Na mesma entrevista, Bolsonaro fez críticas ao ministro Alexandre de Moraes, a quem acusou de estar fazendo uma “perseguição implacável” contra ele e conduzindo inquéritos “ilegais, imorais”. Moraes relata o Inquérito das Fake News, que avança sobre aliados do governo, e vai presidir a Corte Eleitoral nas eleições de 2022.

Sobre o discurso do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na abertura dos trabalhos do segundo semestre do Judiciário, Bolsonaro reagiu dizendo que ele deveria ser investigado por fake news. Durante fala, o ministro ressaltou que a democracia brasileira conta com “um dos sistemas eleitorais mais eficientes, confiáveis e modernos de todo o mundo”.

“Com todo respeito ao Fux (de vez em quando nós trocamos algumas palavras aqui, ele é chefe de Poder), mas, no mínimo, para ser educado, equivocado ou fake news. Deveria estar o Fux respondendo processo lá no inquérito do Alexandre de Moraes, se fosse um inquérito sério, e não essa mentira, essa enganação que são esses inquéritos do Alexandre de Moraes.”

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