Fachin defende urna eletrônica e rechaça “aventuras autoritárias”
“É a urna eletrônica que traz paz e segurança ao nosso processo”, salientou o presidente do TSE, nesta terça-feira (17/5)
atualizado
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O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, voltou a defender o sistema eleitoral brasileiro e reafirmou que a urna eletrônica é segura.
Nesta terça-feira (17/5), na abertura do evento Democracia e Eleições na América Latina e os Desafios das Autoridades Eleitorais, o magistrado frisou que “o Brasil não mais aquiesce a aventuras autoritárias”.
“Neste ano, o Brasil olha para o mundo, e o mundo, especialmente o mundo democrático, olha para o Brasil”, pontuou.
O ministro citou recentes agressões ao processo eleitoral – como as que ocorreram no México e no Peru – como exemplos negativos, que devem ser rechaçados.
“A urna eletrônica permitiu a superação dessas inquietudes. É a urna eletrônica que traz paz e segurança ao nosso processo”, salientou.
Fachin garantiu que uma rede internacional de monitoramento irá acompanhar as eleições brasileiras. O ministro mencionou entidades como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o parlamento do Mercosul, a Rede Mundial de Justiça Eleitoral, entre outras.
“Somos uma vitrine e cabe à sociedade brasileira levar aos nossos vizinhos uma mensagem de paz e segurança. Temos consciência cívica, nacional e transfronteiriça”, ponderou.
O presidente do STF condenou o que chamou de “possibilidade de regressão” e fez alertas sobre o risco de se atacar a democracia.

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Janela partidária: entre 3 de março e 1º de abril, deputadas e deputados federais, estaduais e distritais poderão trocar de partido para concorrer às eleições sem perder o mandato TSE/Divulgação

Transferência do título: em 4 de maio vence o prazo para que eleitores realizem operações de transferência do local de votação e revisão de qualquer informação do Cadastro Eleitoral Getty Images

Quem tem mais de 18 anos e ainda não possui título eleitoral também tem até 4 de maio para solicitar a emissão do documento pelo sistema TítuloNet TSE/Divulgação

Pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida que queiram votar em outra seção ou local de votação têm entre os dias 18 de julho e 18 de agosto de 2022 para informar à Justiça Eleitoral Agência Brasil

Quantitativo do eleitorado: em 11 de julho, o TSE publicará o número oficial de eleitores aptos a votar. O quantitativo serve de base para fins de cálculo do limite de gastos dos partidos e candidatos nas respectivas campanhas Getty Images

Composição da mesa receptora de votos: entre 5 de julho e 3 de agosto, serão nomeados os eleitores que farão parte das mesas receptoras de votos e de justificativas. Também serão escolhidas as pessoas que darão apoio logístico nos locais de votação TSE/Divulgação

Convenções partidárias e registros de candidatura: é nesse período que os partidos fazem deliberações sobre com quem vão coligar e escolhem seus candidatos oficiais às eleições Câmara Legislativa/Divulgação

Voto em trânsito: eleitores que estarão fora de suas regiões de votação na data da eleição podem solicitar entre 12 de julho e 18 de agosto o voto em trânsito, indicando em que cidade estarão no dia do pleito Getty Images

Propaganda eleitoral: a realização de comícios, distribuição de material gráfico, caminhadas ou propagandas na internet passam a ser permitidas a partir do dia 16 de agosto Getty Images

Data da eleição: o primeiro turno do pleito acontecerá no primeiro domingo de outubro, dia 2. Um eventual segundo turno será realizado no dia 30 do mesmo mês. A votação começará às 8h e terminará às 17h, quando serão impressos os boletins de urna Getty Images

Datas de posse: para os cargos de presidente e vice-presidente da República, bem como de governador, a posse ocorre em 1º de janeiro de 2023. Parlamentares assumem os mandatos em 1º de fevereiro Agência Brasil
“A estapafúrdia invasão do Capitólio, em Washington, em 6 de janeiro do ano passado; os reiterados ataques sofridos pelo Instituto Nacional Eleitoral do México; as ameaças, inclusive de morte, sofridas pelas autoridades eleitorais peruanas no contexto das últimas eleições presidenciais são exemplos do cenário externo de agressões às instituições democráticas, que não nos pode ser alheio. É um alerta para a possibilidade de regressão a que estamos sujeitos e que pode infiltrar-se em nosso ambiente nacional – na verdade, já o fez”, concluiu.
O TSE tem rebatido reiteradas vezes ataques, inclusive do presidente Jair Bolsonaro (PL), de que o processo eleitoral não é seguro. O chefe do Palácio do Planalto já defendeu que o país volte a adotar o voto impresso, por exemplo.