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TSE foi alertado para problemas de TI e falta de testes no sistema de votos

Auditoria e comissão apontaram entraves tecnológicos antes de falhas ocorridas no 1º turno das eleições deste ano

atualizado

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ministro TSE STF justica Luís Roberto Barroso eleicoes 20203
1 de 1 ministro TSE STF justica Luís Roberto Barroso eleicoes 20203 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Relatórios internos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontam que a Corte foi alertada sobre possíveis problemas no sistema de tecnologia da informação e para a falta de testes no sistema da totalização de votos.

Dez problemas no desenvolvimento e manutenção de softwares da Justiça Eleitoral foram listados por uma auditoria da Secretaria de Controle Interno do tribunal.

A entrega de versão de software sem tempo hábil para testes, poucos interessados no desenvolvimento do sistema, falta de funcionários especializados e dificuldades em encontrar dados e informações são alguns dos problemas listados, como revelou a Folha de S.Paulo.

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A comissão do TSE para analisar o processo eletrônico do pleito recomendou uma testagem do sistema de totalização de votos, mas a sugestão não foi acatada.

O primeiro turno das eleições municipais foi marcado por uma série de falhas tecnológicas. Ocorreu um atraso inédito na divulgação dos resultados.

Por isso, técnicos do tribunal passaram a semana testando o sistema para que as falhas não voltem a se repetir no segundo turno, que acontece neste domingo (29/11). A contagem, que antes era feita nos Tribunais Regionais Eleitorais, passou a ser centralizada em Brasília, o que gerou o atraso.

O TSE afirmou que “na medida em que reduz a quantidade de equipamentos e de softwares necessários para a realização desse procedimento” a segurança no processo seria ampliada.

Recomendação

A comissão avaliadora do Teste Público de Segurança (TPS) de 2019 produziu um relatório final em que chamava atenção de que o tribunal não atendeu à recomendação de que os testes deveriam abranger os sistemas de totalização, operado por tecnologia fornecida pela empresa Oracle, e biometria.

Representantes do TSE, MPF (Ministério Público Federal), Congresso Nacional, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Polícia Federal e acadêmicos compõem a comissão de dez integrantes.

O TSE respondeu a comissão alegando que a sugestão não tinha como ser aplicada, “haja vista que o sistema RecBU (Sistema Recebedor de Boletim de Urna) estava sendo reescrito para as eleições de 2020 e que só estaria disponível para o TPS 2021″.

O tribunal também informou à reportagem que os trabalhos de centralização da totalização dos votos das eleições [de 2020] impediram a reescrita do referido sistema [RecBU] na linguagem Java, permanecendo em linguagem PL/SQL”.

A corte disse ainda que para que o sistema de totalização “participe futuramente dos testes públicos de segurança, será necessário desenvolver uma solução que permita submeter sistemas na linguagem de programação adotada ao TPS”.

De acordo com o TSE, a centralização causou alterações nas rotinas do sistema de totalização.

 

 

 

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