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PT rebate Datafolha e mantém Lula candidato “aconteça o que acontecer”

Em nota, o partido afirmou que houve uma “manobra” entre os cenários expostos. O petista segue na liderança das pesquisas no primeiro turno

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
julgamento de Lula no TRE4 – manifestação SP
1 de 1 julgamento de Lula no TRE4 – manifestação SP - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Partido dos Trabalhadores divulgou nota criticando o resultado da pesquisa Datafolha divulgada neste domingo (15/4) com as intenções de voto à Presidência. Em comunicado, o PT afirmou que houve uma “manobra” entre os cenários expostos e reiterou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato da sigla independentemente de sua prisão.

“Para o PT, a definição de candidatura para as eleições de outubro de 2018 está clara: Lula será o nosso candidato aconteça o que acontecer”, enfatizou o partido, ao justificar a manutenção das vigílias instaladas em Curitiba (PR).

“Ainda assim, dos nove cenários estudados, o instituto de pesquisas realizou seis deles sem o ex-presidente. A manobra para tentar criar um imaginário em que Lula não esteja no pleito esbarra numa questão fundamental: a preferência popular”, avaliou a legenda.

O PT destaca que, mesmo após a “prisão política” do ex-presidente, Lula segue na liderança das pesquisas, com uma média entre 30% e 31% das intenções de voto para o primeiro turno. Na sequência, o partido considerou empate técnico entre Jair Bolsonaro (PSL) e Marina Silva (Rede), com intenções que vão de 15% a 17%. “Ou seja: Lula tem o dobro das intenções de voto dos candidatos que, empatados, liderariam o pleito se ele é retirado artificialmente da disputa”, analisou o comunicado.

Para um eventual segundo turno, o partido acredita que Lula seria “imbatível”, com intenções de voto entre 46% e 48%. Ao final, a nota cita a Pesquisa Ipsos, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, sábado (14), com a informação de que 52% da população acredita que a Operação Lava Jato não está investigando todos os políticos e apenas 43%, o mínimo histórico atingido, avalia que ela investiga todos os partidos.

A nova pesquisa Datafolha foi realizada entre quarta (11) e sexta (13) e teve como base 4.194 entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob número BR-08510/2018.

A pesquisa
De acordo com o levantamento, Lula lidera a corrida à Presidência da República com 31% das intenções de votos no melhor cenário, mas viu a diferença diminuir em relação aos seus principais adversários após ser preso pela Operação Lava Jato. No fim de janeiro, o petista tinha até 37%.

A pesquisa, primeira após Lula ter sido preso, apontou que os pré-candidatos Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede) herdam dois de cada três apoiadores do ex-presidente.

Nos cenários sem Lula, o deputado Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 17% das intenções de voto, empatado tecnicamente com Marina Silva (Rede), entre 15% e 16%. O Datafolha traçou nove cenários na corrida presidencial. Lula aparece em três deles e oscila entre 30% e 31%, à frente do deputado Jair Bolsonaro (PSL), que varia entre 15% e 16%, e Marina Silva (Rede), com 10%.

Nos outros seis cenários, sem a presença do petista, Bolsonaro e Marina Silva aparecerem tecnicamente empatados. O deputado federal lidera com 17% e a ex-ministra oscila entre 15% e 16%.

Em todos os cenários, o instituto de pesquisa colocou o nome do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, apontado pelo seu partido, o PSB, como pré-candidato ao Planalto. Barbosa, que ainda não admitiu publicamente se será ou não candidato, oscila entre 8% e 10% das intenções de voto. Já o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB, aparece com 6% e até 8% no melhor dos cenários.

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