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Haddad propõe recriar Ministério da Ciência e Tecnologia

Em seu plano de governo, o petista propõe destinar 2% do PIB para o setor. Plano de Bolsonaro é visto com desconfiança

atualizado

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1 de 1 haddad bolso - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad,propõe recriar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), desfazendo a fusão com a pasta de Comunicações. O petista ainda pretende, se for eleito, aumentar os investimentos no setor para 2% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2030, com recuperação dos orçamentos das agências de fomento federais e descontingenciamento do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

As propostas constam do plano de governo registrado pela campanha de Haddad na Justiça Eleitoral, em setembro. “É um documento mais conciso e mais objetivo”, diz o físico Sergio Rezende, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que foi ministro de Ciência e Tecnologia durante cinco anos no governo Lula.

Várias das propostas apresentadas no novo documento da equipe de Jair Bolsonaro, segundo ele, também são boas, mas “não batem” com o discurso neoliberal do candidato do PSL. “Tenho muita dificuldade em acreditar que elas serão implementadas”, avalia Rezende.

Desafios
A elevação do nível de investimento em ciência e tecnologia para 2% do PIB é uma das principais demandas apresentadas pela comunidade científica aos candidatos. A taxa atual gira em torno de 1%. Tanto Haddad quanto Bolsonaro adotaram a meta, com prazos e ambições diferentes.

Em ambos os casos, o especialista Fernando Peregrino acha improvável que a proposta seja cumprida, diante das limitações impostas pela crise fiscal e pelo modelo econômico atual. “Os mecanismos necessários para que isso aconteça não estão colocados”, diz Peregrino, presidente do Conselho Nacional das Fundações de Apoio às Instituições de Ensino Superior e de Pesquisa Científica e Tecnológica (Confies). “É um clichê que não me convence.”

Haddad promete revogar a Emenda Constitucional 95, que impõe um teto fixo para os gastos públicos por 20 anos. “Temos de construir um governo de unidade nacional, que crie condições para que a economia volte a crescer, gerar empregos e formas de ampliar a arrecadação do Estado. Com isso será possível retomar os investimentos em ciência, tecnologia e inovação”, disse a assessoria de campanha do candidato.

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