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Alvaro Dias descarta aliança com PSDB nas eleições 2018

Senador afirma que sua legenda está “assumindo por inteiro” a candidatura ao Planalto e busca adesão de partidos de centro para ganhar força

atualizado

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MICHAEL MELO/METRÓPOLES
Senador Alvaro Dis, líder do Podemos no Senado
1 de 1 Senador Alvaro Dis, líder do Podemos no Senado - Foto: MICHAEL MELO/METRÓPOLES

Pré-candidato do Podemos à Presidência da República, o senador Alvaro Dias negou a possibilidade de abrir mão de sua candidatura para ser o vice na chapa do PSDB nas eleições 2018. Para o parlamentar, sua legenda está “assumindo por inteiro” a candidatura ao Planalto e busca a adesão de partidos de centro para ganhar força na disputa de outubro.

“Falam da possibilidade de um entendimento com o PSDB, quando não existe nenhuma hipótese disso. Lembro-me do Garrincha, ‘não perguntaram pros russos’. Na verdade, não existe essa hipótese”, disse Alvaro Dias, após fazer uma palestra na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

“Estou nessa campanha para cumprir uma missão: combater de forma mais veemente esse sistema e propor um rompimento. Não há nenhuma hipótese, portanto, de recuo. Não há nenhum propósito de buscar um espaço mais confortável, de menos responsabilidade. Nós estamos assumindo por inteiro a responsabilidade dessa proposta de rompimento com o sistema e vamos até o fim”, insistiu o senador.

Dias foi mais longe e assegurou que terá, inclusive, o apoio de tucanos. O parlamentar foi filiado ao PSDB por mais de duas décadas. “Certamente, terei apoio de muitos tucanos, mas institucionalmente esse apoio é inviável, porque o PSDB se sente no dever de ter um candidato próprio. Agora, será uma eleição de dissidências, uma eleição suprapartidária. Nos Estados, principalmente, nós teremos muitas dissidências. Espero ter apoio de muitos tucanos, sim”, considerou o senador.

Sem querer descartar qualquer apoio, Alvaro Dias disse que pode ser considerado o candidato mais ao centro na disputa deste ano.

“Sou o candidato de uma proposta visível, clara, de rompimento com esse sistema. Não sei desenhar bem o que é centro, o que é direita, o que é esquerda, porque há uma esquizofrenia nesse debate. Na verdade, há uma anarquia partidária no Brasil”, comentou.

“Advogo a tese de que devemos somar, o que há de bom de conteúdo na direita, na esquerda, somar e caminhar adiante. Se isso é ser centro, então posso ser carimbado como candidato de centro”, pontuou Dias.

O senador também está tratando da adesão de pelo menos três siglas (PRB, PROS e DEM) para ampliar o tempo de TV. “Mas nada definido, nada que signifique expectativa de sucesso”, ressalvou.

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