metropoles.com

Lira diz que ouvirá todas as opiniões sobre programa do livro didático

Deputada Tabata Amaral criticou novo edital do programa e militantes aliados de Bolsonaro pressionaram o presidente da Câmara por aprovação

atualizado

Compartilhar notícia

Fábio Vieira/Metrópoles
O deputado Federal e candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP), durante coletiva de imprensa na Associação Comercial de São Paulo, na região central, nesta tarde de quinta-feira (21). Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
1 de 1 O deputado Federal e candidato à presidência da Câmara Arthur Lira (PP), durante coletiva de imprensa na Associação Comercial de São Paulo, na região central, nesta tarde de quinta-feira (21). Foto: Fábio Vieira/Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Em meio à pressão de bolsonaristas para aprovação do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou, nesta segunda-feira (15/2), que “racismo, preconceito e violência contra a mulher são abomináveis” e acrescentou que ouvirá todas as manifestações.

“Sou nordestino antes de tudo e penso também que o racismo, o preconceito e a violência contra a mulher são abomináveis e devem ser combatidos desde cedo”, escreveu Lira.


“Aqui na Câmara a hora é do nós — e vamos ouvir e acolher todas as manifestações. A maioria prevalecerá como acontece na democracia. E o povo tem legitimidade de manifestar-se e mobilizar seus representantes”, acrescentou.

A hastag #LiraAprovaPNLD ficou em primeiro lugar nos trends topics do Twitter durante a manhã desta segunda-feira, com cerca de 19 mil menções até próximo ao meio-dia.

A deputada Tabata Amaral (PDT-SP) criticou, na última sexta-feira (12/2), o edital do PNLD, que tirou dos critérios para a escolha das obras didáticas temas como violência contra mulher, racismo e preconceito regional.

A pedetista anunciou também que apresentou um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para suspender o edital. “Pluralismo de ideias e respeito à diversidade são base da educação!”, escreveu a deputada.

Nesta segunda-feira, bolsonaristas resgataram a publicação da pedetista e começaram um movimento para pressionar o presidente da Câmara nas redes sociais. Lira foi eleito ao cargo com apoio do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“O projeto do MEC para os livros didáticos é baseado em evidências científicas e por isso deixou de fora baboseiras ideológicas como a ideologia de gênero. A esquerda não gostou. Tabata e sua turma querem mudar. Precisamos reagir! #LiraAprovaPNLD”, escreveu Rodrigo Constantino.

O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, alinhado a Bolsonaro, também se manifestou. “Chega de doutrinação esquerdista nas escolas e nos livros didáticos. Se deixarmos, vão colocar até a tal da linguagem neutra nos livros escolares”, disse o petebista.

O PNLD é um programa do Ministério da Educação, junto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), para a compra e distribuição de livros e materiais didáticos para professores e estudantes de escolas públicas de todo o país.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?