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Pesquisa da CNI: crise aumenta pechincha e busca por promoções

Segundo a entidade da indústria, quanto menor a renda familiar, maior o costume de esperar ofertas de descontos

atualizado

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Jacqueline Lisboa/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 compras - Foto: Jacqueline Lisboa/Especial para o Metrópoles

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 71% dos consumidores brasileiros esperam promoções e saldões para adquirir bens como eletrodomésticos, móveis, celulares, eletrônicos e até automóveis.

A pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira sobre práticas de consumo, divulgada nesta terça-feira (14/01/2020), mostra que o percentual daqueles que diziam aguardar saldões para fazer as compras era menor há sete anos. Em 2013, 64% dos entrevistados disseram fazer a escolha.

Segundo a CNI, quanto menor a renda familiar, maior o costume de esperar promoções. De acordo com a pesquisa, 75% dos brasileiros com renda familiar de até um salário mínimo esperam um saldão.

Na outra ponta, o percentual entre os brasileiros com renda familiar superior a cinco salários mínimos é de 60%. A CNI acredita que a crise econômica impacta diretamente no aumento do percentual de consumidores que esperam por promoções.

“A perda de poder de compra durante a crise recente pode ter influenciado os brasileiros a esperar para adquirir bens de maior valor a preços menores durante promoções e saldões, dado que se verifica que esse comportamento é mais comum entre brasileiros com rendas familiares menores”, destaca trecho da pesquisa.

A população considera como os fatores mais importantes na hora de adquirir um bem de maior valor o preço, a qualidade e a marca dos produtos, enquanto os fatores citados como menos importantes são propaganda, design e novidade.

O poder da pechincha
Os números revelam que 93% dos consumidores costumam pesquisar os preços dos bens de maior valor antes de realizar a compra, enquanto 80% pesquisam as características técnicas desses itens.

A pesquisa mostra também que 81% dos brasileiros costumam pechinchar antes das compras, percentual próximo aos 78% observados em 2013.

Segundo a CNI, o hábito é menor entre os mais jovens (16 a 24 anos), alcançando 73%. Outro grupo em que o hábito de pechinchar é menos comum – 70% – é o de consumidores com renda familiar superior a cinco salários mínimos.

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