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“PEC da Transição coloca o país na rota de mais inflação”, diz Pastore

Para o ex-presidente do Banco Central (BC), Affonso Celso Pastore, medida é “simplesmente insustentável”

atualizado

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Marcos Oliveira/Agência Senado
O economista Affonso Celso Pastore fala ao microfone durante uma sessão organizada pelo Senado
1 de 1 O economista Affonso Celso Pastore fala ao microfone durante uma sessão organizada pelo Senado - Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

O economista Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central entre 1983 e 1985, definiu como “simplesmente insustentável” a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Transição, entregue ontem (16/11) ao Congresso Nacional pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. “O dólar não disparou porque o mercado é louco”, diz Pastore. “Ele subiu porque não há como ser responsável em termos fiscais com um buraco de quase R$ 200 bilhões, segundo as estimativas oficiais, no teto de gastos.”

Para o economista, que foi professor da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), se aprovada pelo Congresso, a medida terá efeito inverso ao pretendido pelo novo governo. “Ela não vai colocar o Brasil em uma rota de crescimento”, afirma Pastore. “Ela põe o país a caminho de um tremendo risco inflacionário. Além do mais, a dívida pública cresceria de forma insustentável.”

A versão da PEC da Transição apresentada por Alckmin aos parlamentares propõe a retirada em caráter permanente do Auxílio Brasil da regra do teto de gastos públicos. Ela resulta em gastos estimados em até R$ 198 bilhões para 2023.

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