1 de 1 Paulo Guedes em coletiva de imprensa
- Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou as previsões econômicas melhores para 2022 e para o próximo ano. A pasta divulgou expectativa de crescimento maior para o Produto Interno Bruto (PIB) e queda na inflação. As declarações foram dadas em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14/7), após a divulgação do Boletim Macrofiscal.
“O aumento de risco e a aversão ao risco é um fenômeno mundial. A inflação está subindo no mundo inteiro. Os países estão revendo o crescimento para baixo. Nós estamos revendo para cima. Está se confirmando a nossa expectativa. A crise lá fora será bem mais grave do que esperavam. Seguimos com crescimento”, salientou.
O ministro citou a situação nos Estados Unidos e na Europa. Acontecimentos como a pandemia de Covid-19 e a guerra na Ucrânia também foram relembrados.
3 Cards_Galeria_de_Fotos (2)
Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
***Foto-pessoa-contando-moedas.jpg
Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Olga Shumytskaya/ Getty Images
***Ilustracao-alta-inflacao.jpg
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
Javier Ghersi/ Getty Images
***Foto-pessoa-fazendo-contas-em-calculadora.jpg
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
boonchai wedmakawand/ Getty Images
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
Eoneren/ Getty Images
***Foto-pessoa-comprando-produtos.jpg
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
selimaksan/ Getty Images
***Foto-moedas-caindo.jpg
No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
Adam Gault/ Getty Images
***Foto-pessoa-olhando-carteira-vazia.jpg
Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
Javier Zayas Photography/ Getty Images
Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido
coldsnowstormv/ Getty Images
Os gastos com os consórcios de tratamento médico subiram 2,99%. Isso representou sozinho 0,10 ponto percentual da inflação
“O Brasil está aberto e é amigável [para negócios]. O Brasil passa ser um país chave para a garantia energética da Europa e da segurança alimentar”, salientou.
Guedes falou, ainda, sobre a conjuntura do país. O ministro citou o aumento da geração de postos de emprego, o fluxo de comércio e exportações.
Para o chefe da economia, o país se saiu bem ao equilibrar o controle de despesas, ao reduzir impostos e a minimizar, segundo ele, os efeitos da pandemia e da guerra.
Previsões
O Ministério da Economia aumentou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% para 2,0%. A expectativa consta no Boletim MacroFiscal, divulgado nesta quinta (14) pela Secretaria de Política Econômica (SPE). As projeções para 2023 não foram alteradas e permanecem em 2,5%.
Segundo o relatório, a mudança da projeção do PIB neste ano se deve às alterações no mercado de trabalho e na massa de rendimento real. O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano.
A expectativa para a taxa de inflação (IPCA), que é o aumento de preços geral, diminuiu de 7,90% para 7,20% em 2022. Para 2023, a projeção se elevou de 3,60% para 4,50%.
A partir de 2024, espera-se convergência da inflação (IPCA) para a meta de 3,00%. Em relação ao INPC, a projeção para 2022 reduziu de 8,10% para 7,41%.
Todas as estimativas estão acima do centro da meta, de 3,50% e de 3,25%, respectivamente. Somente a partir de 2024, a SPE espera a convergência da inflação para a meta de 3%.
Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.