A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima a projeção para o crescimento da economia brasileira neste ano.
Segundo estimativas divulgadas pela entidade nesta terça-feira (22/11), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve avançar 2,8% em 2022. Na projeção anterior, a OCDE estimava uma alta de 0,6%.
Já para 2023, a organização manteve as expectativas, projetando um crescimento de 1,2% do PIB do país. Para 2024, o Brasil deve crescer 1,4%.
“O consumo interno no Brasil tem sido apoiado por programas de transferência de renda mais elevados e pelo vigoroso crescimento do mercado de trabalho, mais isso deve se atenuar no próximo ano”, afirmou a OCDE em comunicado.
PIB global
No mesmo estudo, a instituição também divulgou cenários para o PIB mundial neste e nos próximos anos. Em 2022, a economia global deve se expandir 3,1%, desacelerando para 2,2% em 2023. Para 2024, a estimativa é de alta do PIB global de 2,7%.
No final do ano passado, antes da deflagração da guerra entre Rússia e Ucrânia, a OCDE era mais otimista em relação ao cenário mundial. As projeções da entidade eram de alta do PIB global de 4,5% em 2022 e 3,2% em 2023.
“O crescimento em 2023 depende fortemente das principais economias dos mercados emergentes asiáticos, que serão responsáveis por quase três quartos do crescimento do PIB global no próximo ano, com os Estados Unidos e a Europa desacelerando acentuadamente”, diz a OCDE no relatório.
Inflação
De acordo com a organização, a inflação continuará sendo um problema de escala global no ano que vem. Em 2022, o índice deve fechar em 9% em nível mundial.
“À medida que uma política monetária mais restritiva entra em vigor, as pressões sobre a demanda e os preços da energia diminuem e os custos de transporte e prazos de entrega continuam a se normalizar, a inflação será moderada gradualmente para 6,6% em 2023 e 5,1% em 2024”, projeta a OCDE.
PIB da OCDE
Como noticiado pelo Metrópoles na segunda-feira (21/11), o PIB dos países que compõem a OCDE teve alta de 0,4% no terceiro trimestre deste ano, segundo as primeiras estimativas divulgadas para o período.
Entre as nações que compõem o G7, os Estados Unidos registraram crescimento de 0,6% no período, interrompendo uma série de dois trimestres seguidos de queda do PIB.
A Alemanha avançou 0,3% (após alta de 0,1% no trimestre anterior), enquanto a Itália desacelerou de 1,1% para 0,5%, e a França, de 0,5% para 0,2%.
O PIB do Japão, que havia crescido 1,1% no segundo trimestre, agora recuou 0,3%. No Reino Unido, a retração foi de 0,2%. O Chile, por sua vez, teve queda de 1,2%.