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Lançamentos do Casa Verde e Amarela caem 40% no 1º trimestre de 2022

Aumento dos custos, falta de confiança e queda do poder aquisitivo explicam redução, avalia a CBIC

atualizado

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MDR/Divulgação
Casa Verde e Amarela já entregou mais de 1,2 milhão de residências
1 de 1 Casa Verde e Amarela já entregou mais de 1,2 milhão de residências - Foto: MDR/Divulgação

Os lançamentos de unidades do programa habitacional Casa Verde e Amarela foram reduzidos em 40,4% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao quatro trimestre do ano passado. Já a oferta final caiu 11,1%.

Foram lançadas 53 mil unidades nos primeiros três meses de 2022, ante 92,3 mil entre outubro e dezembro de 2021.

Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23/5) pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica.

Segundo a CBIC, os números negativos não têm relação com a alta nas taxas de juros – hoje a Selic está em 12,75%.

“Mas são afetados por três fatores predominantes: aumento dos preços e dos custos dos materiais da construção civil; falta de confiança para novos lançamentos dos empresários e incorporadoras; e queda do poder aquisitivo das famílias”, detalhou o órgão, em release à imprensa.

O mercado imobiliário, como um todo, demonstrou queda no período, especialmente no número de lançamentos e da oferta final – como consequência do aumento do preço dos insumos e da conjuntura econômica.

No primeiro trimestre de 2022, em comparação com o trimestre anterior, os lançamentos foram reduzidos em 42,5% e a oferta final em 7,6%.

“Se o governo reagir rapidamente à redução das contratações do CVA [Casa Verde e Amarela], dando maior viabilidade aos seus produtos, ainda teremos um resultado em 2022, próximo ao do ano passado”, afirma o presidente da Comissão da Indústria Imobiliária da CBIC, Celso Petrucci.

Em relação às eleições, a CBIC acredita que a influência no mercado é nenhuma. “Para quem vai comprar a primeira casa, por exemplo, não se importante. É uma questão de necessidade”, afirma Petrucci.

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