Importação da agropecuária cresce 10,4% no primeiro semestre, diz FGV
Os dados constam no Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quarta-feira (17/8), e elaborado pela Fundação Getulio Vargas
atualizado

O volume de bens intermediários importados pela agropecuária de janeiro a julho cresceu 10,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados constam no Indicador de Comércio Exterior (Icomex), divulgado nesta quarta-feira (17/8), e elaborado pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O volume adquirido de bens de capital para o setor avançou 73,9% no período. As aquisições cresceram pelo aumento nos preços dos custos dos bens intermediários para a agropecuária, que saltaram 131% de janeiro a julho, enquanto os preços de bens de capital subiram 7,5%.

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda Olga Shumytskaya/ Getty Images

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles Javier Ghersi/ Getty Images

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras boonchai wedmakawand/ Getty Images

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas Eoneren/ Getty Images

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda selimaksan/ Getty Images

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros Adam Gault/ Getty Images

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas Javier Zayas Photography/ Getty Images

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido coldsnowstormv/ Getty Images
“Receios de desabastecimento no setor de adubos e fertilizantes e perspectivas de preços das commodities favoráveis influenciaram esses resultados”, justificou a FGV, em nota do Icomex.
No acumulado do ano, o volume importado de adubo/fertilizantes cresceu 15,5%, a despeito de uma alta de preços de 138%.
O saldo da balança comercial brasileira foi de US$ 5,4 bilhões em julho, US$ 1,9 bilhão a menos que em julho de 2021. No acumulado de janeiro a julho de 2022, houve um superavit de US$ 39,9 bilhões, ante um saldo de US$ 44,4 bilhões em igual período em 2021.
Veja destaques do comércio exterior:
- As importações de bens intermediários pela indústria recuaram 0,1% de janeiro a julho, enquanto as de bens de capital aumentaram 5,4%.
- No acumulado do ano, o Brasil aumentou o volume exportado para os principais parceiros comerciais, com exceção da China, que registrou queda de 12,8%.
- O maior crescimento foi registrado para a América do Sul (exceto Argentina), com alta de 14,3% no volume exportado pelo Brasil.
- O Brasil comprou menos de janeiro a julho, em volume, dos Estados Unidos (-1,4%), Argentina (-0,7%) e América do Sul exceto Argentina (-7,5%).
- Por outro lado, houve aumento no volume importado da China (7,8%), União Europeia (1,8%) e Ásia sem China e Oriente Médio (30,5%).