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Manutenção de Auxílio Brasil de R$ 600 em 2023 preocupa Campos Neto

Presidente do Banco Central diz que continuidade do programa pressiona o cenário fiscal e diz que debate será crucial

atualizado

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Marcelo Camargo/Agência Brasil
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em comissão no Senado Federal durante sua sabatina. No detalhe ele ouve a pergunta de um senador, diante de microfone - Metrópoles
1 de 1 Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, fala em comissão no Senado Federal durante sua sabatina. No detalhe ele ouve a pergunta de um senador, diante de microfone - Metrópoles - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, admitiu que “existe preocupação” com o cenário fiscal de 2023. A declaração foi dada na manhã desta segunda-feira (15/8) durante uma participação num evento do Instituto Millenium, em São Paulo.

“Existe uma preocupação com fiscal do ano que vem pela continuidade das medidas recentes e como isso vai se encaixar”, frisou.

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Segundo Campos Neto, incertezas sobre a continuidade de programas estabelecidos este ano, como o pagamento mensal de R$ 600 no Auxílio Brasil, causam o risco. Por lei, o pagamento está garantido até dezembro.

“Vocês conhecem uma frase famosa: não existe nada mais permanente do que um programa temporário do governo. Isso é uma coisa que nos aflige. Hoje, o mercado tem uma ansiedade para entender como vai ser o fiscal do ano que vem, os programas que foram implementados, se forem continuados, como serão financiados”, completou

Campos Neto frisou que  o debate fiscal será “crucial” em 2023. Para ele, independentemente do governo, ajustes serão necessários.

“O debate fiscal vai ter que estar presente em 2023 de qualquer forma, independente de qualquer tipo de prognóstico em relação à política porque vai ser uma questão crucial. A gente vai caminhar em um caminho onde qualquer tipo de política vai ter que olhar para o lado da sustentabilidade da dívida e do social ao mesmo tempo e equacionar”, concluiu.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lideras as pesquisas de intenção de voto, prometeu manter o benefício caso seja eleito. Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, fez sinalização semelhante.

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