O Ministério da Economia indicou o economista Ilan Goldfajn, ex-presidente do Banco Central (BC), como candidato do Brasil à presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O anúncio foi feito nesta segunda-feira (24/10).
O prazo para a apresentação de candidaturas ao cargo de presidente do BID se encerra no próximo dia 11 de novembro e a eleição está marcada para 20 de novembro.
A indicação de Goldfajn vai na esteira da importância econômica da instituição à região, por ser uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional de países da América Latina e do Caribe. O BID também oferece assessoria sobre políticas, assistência técnica e capacitação a clientes públicos e privados em toda a região.
Para tanto, o ministro da Economia, Paulo Guedes, considerou a experiência de Ilan Goldfajn nos setores público e privado. Entre 2000 e 2003 foi chairman do Conselho Consultivo do Banco Credit Suisse Brasil e presidiu o BC entre os anos de 2016 e 2019.
“O ministro Paulo Guedes considera que o candidato concilia ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam inequivocamente para o exercício do cargo de presidente desta importante Instituição”, diz nota do Ministério da Economia.
“Valorizando a importância do BID para a região, o Brasil está comprometido com os princípios da boa governança necessários para a condução profissional e eficiente do BID e com a atuação do Banco no processo de integração regional, impulsionando o desenvolvimento de infraestrutura verde de transportes, energia e telecomunicações, entre os países membros da Instituição. Com isso, busca-se uma maior integração da América Latina e Caribe às cadeias regionais e globais de valor, com ganhos esperados de produtividade, emprego e renda para a região”, completa a nota.
Estava no FMI
Goldfajn exercia o cargo de diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), mas deixou o cargo para concorrer à presidência do BID.
O presidente do BID é eleito pela Assembleia de Governadores, na qual cada um dos 48 países membros é representado por seu governador. Para ser eleito, o candidato deve obter maioria dos votos. O candidato vencedor também deve ter o apoio de pelo menos 15 dos 28 países regionais.
A vaga está aberta desde que Mauricio Claver-Carone, o último eleito ao cargo, foi deposto em setembro antes de concluir seu mandato de cinco anos. Ele foi acusado de envolvimento amoroso com uma subordinada.