metropoles.com

Economistas da transição se reúnem com Guedes: “Equipe à disposição”

Paulo Guedes se encontrou com o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa e o economista Guilherme Mello. PEC da Transição não foi tratada

atualizado

Compartilhar notícia

Deborah Hana Cardoso / Metrópoles
Nelson Barbosa e Guilherme Mello ministério / Metrópoles
1 de 1 Nelson Barbosa e Guilherme Mello ministério / Metrópoles - Foto: Deborah Hana Cardoso / Metrópoles

Paulo Guedes, ministro da Economia, reuniu-se pela primeira vez, nesta quinta-feira (24/11), com membros da equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O ministro colocou sua equipe à disposição para a transição”, disse o ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa, que estava acompanhado do economista Guilherme Mello.

Novas reuniões deverão ser marcadas nos próximos dias após esse primeiro encontro, sinalizou a equipe de Lula. “Tem muito trabalho para fazer, e novas conversas de cunho mais técnico com o pessoal do ministério”, declarou Guilherme Mello.

Durante a coletiva, o Metrópoles questionou se a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição foi tratada na reunião. “Não tratamos da PEC, pois ela está sendo negociada no Congresso [Nacional]. Tratamos apenas da transição, como processar os atos administrativos, agenda de dezembro e janeiro”, disse Nelson Barbosa.

PT busca aprovar PEC que expcionaliza os gastos com o Bolsona Família. Se aprovada como o partido quer, por quatro anos, serão R$ 200 bilhões (R$ 800 bilhões no fim de 2026) de gastos extra-teto a serem destinados para as despesas sociais.

Durante a reunião, Guedes apresentou os indicativos de sua “boa herança fiscal” ao novo governo – parte da equipe de Lula vem criticando a gestão do ministro frente à pasta, afirmando que o PT ficará com uma “herança maldita”.

“Ele nos apresentou dados, mas foi uma conversa de natureza sigilosa, assim como as impressões que o ministro deu”, disse Barbosa.

Orçamento de 2023

Neste primeiro encontro, Nelson Barbosa afirmou que a questão do Orçamento 2023 ainda não foi discutida, pois o tema não está em discussão no Congresso Nacional – na Comissão Mista do Orçamento (CMO). 

“Primeiro é preciso saber qual vai ser o tamanho definitivo do Orçamento do ano que vem, que está sendo objeto de negociação pelos representantes do governo eleito com o parlamento para aumentar ou não o Orçamento do ano que vem. Não falamos de alocação de recursos”, declarou.

A receita primária total bruta do Brasil para 2023 está prevista em mais de R$ 2,25 trilhões. Também foram aprovados projetos que permitem a abertura de créditos suplementares no Orçamento de 2023, no valor de R$ 529 milhões.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) vai ao plenário do Congresso em 16 de dezembro.

Compartilhar notícia