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Desemprego afeta mais mulheres jovens e de baixa escolaridade

“Quanto mais tempo uma pessoa fica desempregada, maior será a perda de capital humano”, afirma o estudo feito pelo governo

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mão segurando uma carteira de trabalho azul - Metrópoles
1 de 1 Mão segurando uma carteira de trabalho azul - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A faixa de público mais atingida pelo desemprego de longo prazo (acima de dois anos) no Brasil é formada por mulheres, jovens e com baixa escolaridade, aponta análise realizada pela Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE/ME), divulgada nesta terça-feira (17/8).

De acordo com os dados, houve crescimento constante do índice entre 2014 e 2019. O resultado foi de 1,2% da força de trabalho, em 2014, e atingiu o máximo de 3,2% da força de trabalho em 2019. No ano passado, o desemprego de longo prazo caiu para 2,6%, em redução de 0,6 ponto porcentual em comparação com o ano anterior.

A partir da análise detalhada das informações, a SPE apurou que a dificuldade de arranjar emprego é predominante entre jovens, ou seja, com idade entre 17 e 29 anos, e com baixa escolaridade (cerca de 80% com nível médio). Além disso, a cada três trabalhadores desempregados, dois são mulheres.

O estudo alerta ainda que “quanto mais tempo uma pessoa fica desempregada, maior será a perda de capital humano e, consequentemente, menor a chance de se recolocar no mercado de trabalho”.

Pacotão

A divulgação desses dados ocorre no momento em que o governo quer aprovar no Congresso um “pacotão” que diminui regras para a contratação de jovens e trabalhadores informais, com redução no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A Câmara dos Deputados incluiu a proposta na medida provisória que permitiu às empresas reduzirem jornada e salário ou suspenderem os contratos de trabalho durante a pandemia. Um dos programas do “pacote” permite, ainda, a contratação de jovens e pessoas acima de 50 anos sem vínculo empregatício.

O texto-base da MP já foi aprovado pelos deputados na semana passada, mas ainda serão analisadas sugestões de mudanças. Depois, a proposta segue para o Senado.

O governo espera que a medida melhore significativamente a geração de empregos e vem em defesa da proposta. O subsecretário de Política Fiscal da SPE, Erik Figueiredo, destaca que há urgência na criação de políticas que estimulem a inserção do público jovem e de menor escolaridade no mercado de trabalho, para evitar que esse grupo sofra prejuízos ainda maiores.

“A longa permanência em situação de desemprego é condição de difícil superação, em situação que cria um ‘efeito de inércia no cidadão’, em uma combinação de fatores como perda de interesse por parte do profissional, e perda de competitividade devido à desatualização técnica e tecnológica”, afirmou em nota.

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