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Corretora usada por Faraó dos Bitcoins teria tolerado fraudes

Investigação da agência Reuters aponta que Binance também se recusou a colaborar com a polícia alemã

atualizado

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Glaidson Santos e Mirelis Zerpa, investigados pela PF por sonegação fiscal e fraude ao sistema financeiro
1 de 1 Glaidson Santos e Mirelis Zerpa, investigados pela PF por sonegação fiscal e fraude ao sistema financeiro - Foto: Reprodução

A Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, teria feito vista grossa contra a lavagem de dinheiro e outras fraudes, mesmo prometendo em público um maior compliance.

A informação foi revelada pela agência Reuters, nesta sexta-feira (21/1). Foram realizadas dezenas de entrevistas com ex-funcionários e revisado centenas de documentos internos e de reguladores nacionais.

Segundo a Reuters, a Binance reteu informações sobre suas finanças, manteve verificações fracas sobre os clientes, apesar das preocupações levantadas por figuras seniores da empresa, e agiu contra recomendações do próprio departamento de controle.

A corretora também não teria colaborado com a polícia alemã em investigações sobre lavagem de dinheiro e sobre homens suspeitos de ajudar um atirador islâmico.

“A Binance se recusou repetidamente a especificar em qual jurisdição sua principal exchange on-line está sediada, complicando os esforços dos reguladores para supervisionar suas atividades. E minimizou as dispendiosas verificações de antecedentes do cliente”, aponta a reportagem da Reuters.

Binance

A Binance é a maior bolsa de criptomoedas do mundo e líder em operações no Brasil – responsável por cerca de 30% das negociações de bitcoins no país durante o ano passado, segundo dados levantados pelo blog CTM.

A corretora também é investigada nos EUA por possíveis negociações com informações privilegiadas (insider trading) e manipulação de mercado.

No Brasil, a exchange teria sido usada por Glaidson Acácio dos Santos (foto em destaque), de 38 anos, o “Faraó dos Bitcoins”, em um suposto esquema de pirâmide financeira e lavagem de dinheiro.

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Glaidson teria colocado ao menos R$ 1,2 bilhão na corretora, apontou o inquérito da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ). O suspeito foi preso sob a acusação de comandar um esquema de pirâmide financeira. Os investigadores descobriram que o montante ia para outros 182 endereços bancários, inclusive em paraísos fiscais, o que dificulta a apuração das autoridades.

A empresa também é patrocinadora do Santos Futebol Clube e do Paulistão.

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