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Contra Guedes, Inel diz que “energia mais cara não evita novas crises”

Instituto de Energia Limpa afirma que Guedes reforça a cultura do governo de querer resolver falta de abastecimento “com medidas paliativas”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Ministroc da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários
1 de 1 Ministroc da Economia, Paulo Guedes, da Saúde, Marcelo Queiroga, da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e o da Comunicação, Fábio Faria, falam com a imprensa após jantar do presidente Bolsonaro com empresários - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, nessa quarta-feira (15/7),  que a “energia mais cara neste ano evita crise em 2022”. De acordo com o Instituto Nacional de Energia Limpa (Inel), a declaração do chefe da pasta econômica reforça a insistência do governo em resolver o problema do abastecimento de energia no país “com medidas paliativas e que oneram o consumidor, como o acionamento da bandeira vermelha 2″.

Diante da maior crise hídrica que o Brasil já enfrentou nos últimos 91 anos, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está sendo obrigado a acionar as usinas termelétricas. Essa fonte, porém, é mais cara e poluente, o que eleva o custo da tarifa de luz.

A solução do governo, na avaliação do secretário de assuntos regulatórios da Inel, Lucas Pimentel, não é a melhor entre as existentes. “Guedes e o Governo Federal ignoram a urgência da regulamentação do setor de energia limpa e renovável no país. Uma área que, de fato, pode contribuir com a diminuição da pressão sobre o sistema elétrico nacional, mas que vem sendo preterida pelos Poderes Executivo e Legislativo nos últimos anos”, afirma o secretário por meio de nota.

A Inel defende o investimento na energia solar para evitar o aumento de tarifas e o racionamento. “Essa fonte tem grande potencial para evitar outras crises, com a diversificação da matriz elétrica nacional, diminuição da dependência da geração hídrica e térmica, alinhando o Brasil às melhores práticas internacionais”, aponta. “Ao contrário do que disse Guedes, o acionamento da bandeira vermelha não evitará novas crises”, declara Pimentel.

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Energia limpa

Enquanto a conta de luz pesa cada vez mais no bolso do consumidor, o projeto de lei (PL 5829/19), que institui o novo marco legal da geração de energia descentralizada, está travado há meses na Câmara dos Deputados.

Desde 2012, o setor de energia solar gerou R$ 38 bilhões em negócios e mais de 224 mil empregos. A Inel diz que a aprovação do PL resultará na abertura de um milhão de novos postos de trabalho nos próximos 30 anos.

Conta de luz

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) revisou, em junho, o valor da bandeira vermelha patamar dois de R$ 6,24 a mais a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos para R$ 9,49 a mais a cada 100 kWh.

Trata-se de um aumento de cerca de 52%. A decisão foi tomada durante a 23ª reunião pública ordinária da diretoria de 2021.

O sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.

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