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CPI da Covid-19 quer convocar secretário de Paulo Guedes para depor

Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida teria admitido que a pasta apostou na imunidade de rebanho

atualizado

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Marcos Oliveira/Agencia Senado
Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica
1 de 1 Adolfo Sachsida, secretário de Política Econômica - Foto: Marcos Oliveira/Agencia Senado

O grupo conhecido como G7, que reúne os parlamentares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, decidiu em reunião que terminou na madrugada desta terça-feira (13/7) apresentar requerimento para convocar o secretário de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida (foto em destaque).

A decisão ocorre após a CPI receber um documento assinado pelo secretário no qual ele admite que a pasta comandada pelo ministro Paulo Guedes não consultou o Ministério da Saúde sobre a situação da pandemia para planejar a economia do país em 2021.

Se a convocação for aprovada, o secretário será o primeiro integrante da equipe de Guedes a sentar no banco da CPI.

No ofício, Sachsida afirmou que a pasta apostou na tese de imunidade de rebanho  – quando uma porcentagem da população adquire anticorpos contra a Covid-19 e a disseminação do vírus cai consideravelmente: com a maioria protegida, o vírus não teria quem infectar. Mas tal aposta não teria recebido qualquer orientação da pasta da Saúde.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) revelou ao Metrópoles que o plano do G7 é convocar Sachsida para que ele explique essa falha no planejamento.  

“Vamos convocar o secretário. Houve uma defesa clara acerca da liberação de comércio e, portanto, imunização de rebanho, em função da economia. O Ministério da Economia recebeu um levantamento muito claro sobre o impacto do que isso representava, sobre a falta da vacina em si, e mesmo assim continuou com a tese da liberação do comércio”, afirmou a senadora. 

Auxílio emergencial

Essa aposta do ministério na imunidade de rebanho teria levado o governo a não prever a continuidade do auxílio emergencial, descontinuado em dezembro do ano passado e retomado apenas em abril deste ano.

Procurado para comentar o documento, a Economia não respondeu. Sachsida é braço direito de Guedes. No governo, ele é responsável pela formação da política econômica do país.

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