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Confiança do comércio diminui pelo segundo mês consecutivo

Índice de Confiança do Comércio (ICOM), medido pela Fundação Getulio Vargas, recuou 10,8 pontos neste mês, passando de 98 para 87,2 pontos

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Pessoas andando com sacola em shopping
1 de 1 Pessoas andando com sacola em shopping - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A confiança do comércio voltou a registrar queda em novembro, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (29/11) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV).

Segundo o levantamento da instituição, o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) recuou 10,8 pontos neste mês, passando de 98 para 87,2 pontos.

É a segunda retração mensal consecutiva do indicador. Em outubro, a confiança do comércio diminuiu 3,8 pontos, após registrar dois meses seguidos de alta.

Com o resultado, a confiança do comércio cai para o menor patamar desde abril deste ano, quando era de 85,9 pontos.

Confiança em queda em todos os grupos

Segundo a FGV, a queda na confiança foi registrada em todos os seis principais grupos que compõem o setor de comércio. Houve recuo tanto nos indicadores que medem a situação atual (que caiu 12,6 pontos, para 89,7) quanto nos que calculam as expectativas para o futuro (recuo de 8,6 pontos, para 85,2).

Entre os fatores apontados pelas empresas entrevistadas como responsáveis pelo maior pessimismo, estão aspectos econômicos – como inflação, juros altos e demanda insuficiente. Fatores políticos também foram mencionados.

“Os empresários percebem uma forte desaceleração da atividade no momento e projetam piora para os próximos meses, em linha com um cenário mais restritivo de elevada taxa de juros, inflação e redução do ímpeto de consumo dos consumidores”, afirma Rodolpho Tobler, economista do Ibre-FGV, segundo o G1.

“Além disso, a despeito do fim do período eleitoral, fatores políticos parecem contribuir negativamente com o cenário, limitando a melhora dos negócios nos próximos meses, o que torna difícil vislumbrar a trajetória da confiança”, explica.

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