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BC cria site exclusivo para consulta de valores esquecidos em bancos

Todo o relacionamento do cidadão com o SVR ocorrerá mediante o novo site. Não será possível consultar ou solicitar valores no endereço do BC

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Brasília(DF), 06/10/2015 - Notas de dinheiro - Real é a moeda usado no Brasil - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
1 de 1 Brasília(DF), 06/10/2015 - Notas de dinheiro - Real é a moeda usado no Brasil - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Após ficar dias fora do ar devido ao alto volume de acessos simultâneos ao sistema, as consultas de Valores a Receber do Banco Central serão retomadas no dia 14 de fevereiro. A ferramenta permite saber se há dinheiro “esquecido” em contas bancárias e fornece diretrizes gerais para que o resgate seja feito. Para ampliar a capacidade de atendimento, a instituição criou um site exclusivamente dedicado à iniciativa: valoresareceber.bcb.gov.br.

Todo o relacionamento do cidadão com o SVR ocorrerá por meio do novo site. Não será possível consultar ou solicitar valores no endereço principal do BC.

“No momento da consulta em valoresareceber.bcb.gov.br, o cidadão saberá se tem valor a receber e, caso positivo, será informada a data para conhecer esse montante e solicitar sua transferência, a partir do dia 7 de março. O BC recomenda que o cidadão volte ao site valoresareceber.bcb.gov.br na data informada”, explicou a autarquia. Caso o cidadão não compareça na data prevista, será necessário fazer nova consulta para solicitar o resgate.

“A pessoa nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução”, acrescentou o BC.

Dinheiro esquecido

De acordo com a autarquia, havia cerca de R$ 8 bilhões “esquecidos” nos cofres dos bancos em junho de 2021. “É um mecanismo de divulgação. O Banco Central está fazendo o dever de casa dele, dizendo que existem milhões por aí e que esses milhões têm dono”, explica a diretora jurídica do Instituto de Defesa do Consumidor e do Contribuinte, Renata Abalém.

Somente no dia do lançamento da ferramenta, a quantidade de acessos foi 20 vezes maior do que em um dia de alto volume de acessos no site, e 50 vezes maior do que um dia normal, segundo a instituição.

A especialista explica que parte desse fluxo alto é consequência da situação econômica dos brasileiros. “As pessoas estão muito preocupadas. Talvez isso seja um reflexo da crise que estamos vivendo. É reflexo da necessidade do dinheiro”, assinala.

A organização está ampliando a capacidade de atendimento e, a partir de 14 de fevereiro, o cidadão poderá consultar se tem valores a receber. Em caso positivo, o BC informará a data em que a transferência poderá ser solicitada.

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