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Alimentos pressionam e inflação sobe 0,32% no primeiro mês de 2019

No Distrito Federal, IPCA ficou em 0,05%, bem abaixo da me´dia nacional

atualizado

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Felipe Menezes/Metrópoles
supermercado inflação mercado
1 de 1 supermercado inflação mercado - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro foi de 0,32%, bem acima dos 0,15% de dezembro. Em janeiro de 2018, o índice tinha sido de 0,29%. O IPCA acumulado em 12 meses ficou em 3,78%, pouco acima dos 3,75% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8/2) pelo IBGE. No Distrito Federal, a inflação oficial ficou em 0,05%, bem abaixo da média nacional.

Segundo o instituto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, apenas vestuário (-1,15%) apresentou deflação de dezembro para janeiro. A maior variação positiva ficou com alimentação e bebidas (0,90%), que apresentou também o maior impacto no índice do mês, 0,22 ponto percentual.

A segunda maior alta ficou com despesas pessoais (0,61%), cuja contribuição foi de 0,07 p.p. Juntos, os dois grupos responderam por cerca de 90% do índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,02% de transportes e o 0,32% de artigos de residência.

Reprodução/IBGE

 

O grupo alimentação e bebidas acelerou de dezembro para janeiro, ao passar de 0,44% para 0,90%, contribuindo para elevar o IPCA no mês. O grupamento da alimentação no domicílio subiu 0,97% em janeiro, especialmente em função das altas nos preços do feijão-carioca (19,76%), da cebola (10,21%), das frutas (5,45%) e das carnes (0,78%).

O leite longa vida, após cinco meses consecutivos de quedas, subiu 2,10%, contribuindo com 0,02 p.p. no IPCA de janeiro. No lado das quedas, verificou-se redução expressiva nos preços do tomate (-19,46%), o que ajudou a conter a alta dos itens alimentícios.

A alimentação fora também acelerou e subiu 0,79%, frente à alta de 0,33% em dezembro. O destaque ficou com as altas do lanche, que passou de 0,72% para 0,91%, e da refeição, que atingiu 0,90%, quando havia registrado 0,08% no mês anterior.

As despesas pessoais, por sua vez, apresentaram alta de 0,61% no IPCA do mês, acelerando em relação à variação de 0,29% observada em dezembro. Contribuíram para esse resultado a alta de itens como excursão (6,77%) e hotel (1,06%) e de alguns serviços como manicure (0,85%) e cabeleireiro (0,69%).

Ônibus
Nos transportes, após a deflação de 0,54% em dezembro, observou-se leve alta em janeiro, de 0,02%. Embora os combustíveis (-2,09%) tenham caído pelo terceiro mês consecutivo, essa queda foi menos intensa que a do mês anterior (-4,25%). Ainda assim, o maior impacto individual no índice do mês (-0,11 p.p) veio da gasolina (-2,41%). À exceção da região metropolitana de Salvador, que registrou alta de 1,50% no preço desse combustível, as demais áreas apresentaram quedas que variaram entre os -5,98% de Aracaju e os -0,31% da região metropolitana do Rio de Janeiro. O etanol e o óleo diesel também caíram: -0,75% e -1,61%, respectivamente. Além disso, as passagens aéreas, que haviam subido 29,12% em dezembro, caíram 3,59% em janeiro, com impacto de -0,02 p.p.

A maior contribuição positiva no grupo dos transportes ficou com os ônibus urbanos (2,67% e 0,07 p.p.), por conta de reajustes nas tarifas em cinco das 16 regiões pesquisadas durante o período de referência da pesquisa.

Ainda em Transportes, destacam-se, na região metropolitana de São Paulo, os reajustes de 7,50% nas tarifas de trem (4,00%) e de metrô (4,00%), em vigor desde o dia 13 de janeiro. Os ônibus intermunicipais também tiveram suas tarifas reajustadas: 6,00%, em média, em São Paulo (3,02%), a partir de 20 de janeiro; e 6,78% em Belo Horizonte (3,00%), a partir de 30 de dezembro. No Rio de Janeiro, houve reajuste médio de 4,26% nas tarifas de táxi, vigente desde o dia 1º de janeiro.

Quanto aos índices regionais, apenas os municípios de Rio Branco (-0,09%) e Goiânia (-0,17%) apresentaram deflação no IPCA de janeiro, conforme mostra a tabela a seguir. O resultado de Goiânia deveu-se, especialmente, às quedas observadas nos preços da gasolina (-4,97%) e do tomate (-20,89%). O maior índice ficou com a região metropolitana de Belo Horizonte (0,70%), cujo resultado foi influenciado principalmente pelo reajuste de 11,00% na tarifa dos ônibus urbanos (10,12%), vigente desde 30 de dezembro.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange 10 regiões metropolitanas, além dos municípios de Aracaju, Brasília, Campo Grande, Goiânia, Rio Branco e São Luís. Para o cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de dezembro de 2018 a 29 de janeiro de 2019 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de novembro a 28 de dezembro de 2018 (base). (informações do IBGE)

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