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Doria critica “descalabro e distanciamento” na resposta federal à Covid-19

Governador de São Paulo cobrou do governo federal uma coordenação para disponibilizar vacinas quando elas forem liberadas

atualizado

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Fábio Vieira/Especial para o Metrópoles
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1 de 1 22249677-b00a-4aaf-887c-52e06671f859 - Foto: Fábio Vieira/Especial para o Metrópoles

São Paulo – Nesta quinta-feira (19/11), dia em que recebeu as primeiras 120 mil doses de vacina contra o coronavírus importadas da China, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou o governo federal e cobrou uma coordenação do Ministério da Saúde para possibilitar a disponibilização da imunização nacionalmente assim que houver liberação da Anvisa.

“A vacina é necessária. Só ela garantirá a volta à normalidade de todos nós, jovens e não jovens de todas as regiões do país”, disse Doria em coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

“É hora de o governo federal fazer um esforço concentrado pelas vacinas, sem excluir nenhuma. Fazer um grupo de trabalho no Ministério da Saúde, envolvendo outros ministérios se necessário, governos estaduais, para que as vacinas, mediante aprovação da Anvisa, sejam colocadas imediatamente no sistema nacional de imunização”, cobrou publicamente o governador paulista – que não tem conseguido nenhuma interlocução com o presidente Jair Bolsonaro –, sobretudo na questão da vacina contra a Covid-19.

O primeiro lote da vacina Coronavac chegou ao aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na manhã desta quinta-feira. As 120 mil doses do imunizante contra o coronavírus saíram da China na última segunda-feira (16/11), segundo o Instituto Butantan. Ao todo, a China deverá enviar 6 milhões de doses prontas e material para que o Butantan produza mais 40 milhões de doses.

O governo paulista cobra o federal a adotar medidas para agilizar a vacinação com a Coronavac e com outras vacinas à medida que a Anvisa as libere.

“Diante de uma pandemia é triste ver descalabro e o distanciamento governo federal naquilo que deveria ser sua ação prioritária nesse momento, proteger a vida dos brasileiros”, criticou ainda o governador João Doria.

Mais cedo, Doria recebeu a carga de vacinas ao lado do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e do secretário de Saúde do estado, Jean Gorinchteyn. Doria pediu que as pessoas continuem se protegendo e seguindo as recomendações das autoridades.

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A vacina chinesa ficará guardada em local secreto até que haja liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para vacinação da população. Atualmente, a vacina da Sinovac passa pela última fase de testes.

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Veja a íntegra da entrevista coletiva do governador João Doria e de sua equipe no Palácio dos Bandeirantes nesta quinta-feira (19/11):

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