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Dólar sobe e Ibovespa cai com temor sobre ICMS e juros nos EUA

Ibovespa teve queda de 2,73% e fechou aos 102.598 pontos nesta segunda-feira (13/6). Dólar atingiu maior valor em mais de um mês

atualizado

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1 de 1 bolsa de valores - Foto: Internet/Reprodução

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, teve uma queda 2,73% nesta segunda-feira (13/6), e fechou aos 102.598 pontos. É o sétimo recuo seguido. Com o resultado, a bolsa brasileira zerou os ganhos neste ano e acumula queda de 1,27% desde janeiro.

O dia foi turbulento para o mercado financeiro de todo o mundo, em meio a temores sobre as decisões de política monetária que serão anunciadas pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) nesta semana. Na última sexta-feira (10/6), os EUA divulgaram o resultado da inflação em maio. Os preços no país atingiram alta de 8,6% no acumulado em 12 meses, o maior índice desde dezembro de 1981.

As ações da Eletrobras, que estrearam na Bolsa nesta segunda após a privatização da empresa, também tiveram uma queda, de 2,20%. O mesmo aconteceu em ações mais sensíveis a aumento de juros, como de varejistas, companhias aéreas, arejistas, e empresas ligadas a commodities.

O mercado brasileiro também foi impactado pelo temor acerca de como ficará a cobrança do ICMS sobre combustíveis.

Dólar fecha em alta

O dólar fechou em alta de 2,54%, aos R$ 5,1151, o maior valor em mais de um mês. A máxima durante o dia chegou a R$ 5,1374 (+2,98%) no mercado à vista, marcando o maior nível intradia desde 13 de maio (a R$ 5,15).

Em meio à instabilidade, investidores tiveram um dia de risk-off, onde procuraram ir para aplicações mais seguras, como o dólar e o ouro, e fugir da renda variável. Assim, especialistas explicam que a alta não é reflexo de um real fraco, mas do dólar forte.

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A expectativa é de que o Fed eleve os os juros em 0,75 ponto percentual para conter a inflação. A previsão anterior era de que a alta fosse de, no máximo, 0,50 ponto.

Nesta semana, o Banco Central no Brasil decidirá sobre a Selic, o que também gera instabilidade. Na última quinta-feira (9/6), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, desacelerou para 0,47% no mês de maio. Em abril, o índice havia fechado em 1,06%. O acumulado em 12 meses, contudo, ainda é de 11,73%.

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