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Dino: rede social pode ser suspensa se não coibir ameaças a escolas

Flávio Dino anunciou que empresas de redes sociais poderão ser multadas em até R$ 12 milhões e até suspensas caso não cumpram exigências

atualizado

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Vinícius Schmidt/Metrópoles
Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino facções criminosas - Metrópoles
1 de 1 Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino facções criminosas - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou novas ações de prevenção e combate a ameaças de ataques a escolas, nesta quarta-feira (12/4). Entre elas, a de que empresas de redes sociais poderão ser multadas em até R$ 12 milhões, e mesmo suspensas, caso não cumpram as exigências impostas pelo ministério de coibir ameaças a escolas.

De acordo com o ministro, uma portaria deve ser publicada, ainda nesta quarta, para determinar a responsabilidade que redes sociais têm na proliferação de conteúdos que ameacem ou façam apologia a ataques a escolas.

“Pela primeira vez, temos um regramento claro de como combater as condutas de empresas, que durante anos declaravam ser neutras e não responsáveis por isso. Essa portaria define que elas são responsáveis sim”, afirmou o ministro em coletiva de imprensa.

O Ministério da Justiça, em trabalho conjunto com a Polícia Federal e as polícias civis, já monitora perfis que propagam conteúdos que ameacem ou façam apologia a atentados em escolas. Segundo Dino, as empresas serão notificadas dos conteúdos e deverão retirá-los do ar em até 2 horas. Caso não atendam a requisição do governo, estarão sujeitas a sanções, como multas de até R$ 12 milhões, retirada da rede social do ar e, em última instância, banimento da empresa.

Ainda segundo o ministro, nesta quinta-feira (13/4), a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) vai instaurar processos administrativos para apurar a responsabilidade de cada empresa na propagação de conteúdos que estimulem violência nas escolas.

Veja as informações que a Senacon exigirá de cada empresa:

  1. Medidas proativas que as empresas estão adotando contra a propagação de conteúdos danosos à segurança de escolas;
  2. Como estão atendendo as requisições das autoridades competentes; e
  3. Os protocolos que as empresas estão editando em face da crise vivenciada no Brasil.

Além disso, o ministro anunciou o reforço do policiamento ostensivo em escolas. “Principalmente nos próximos dias, em função de postagens em relação ao dia 20 deste mês [data do massacre escolar em Columbine, EUA, em 1999, e também aniversário de Adolf Hitler]”, declarou.

Dino informou que assinou um edital nessa terça-feira (11/4) para destinar R$ 150 milhões à segurança nas escolas. Outro edital ainda será assinado nesta quinta-feira (13/4) e deverá destinar R$ 100 milhões para reforço do policiamento com guardas municipais em escolas.

As medidas foram instituídas após repetidos ataques em escolas e creches do Brasil. Em Blumenau (SC), um homem invadiu uma creche e matou quatro crianças na última quarta-feira (5/4). No final de março, um aluno assassinou a facadas uma professora na Escola Estadual Thomazio Montoro, em São Paulo (SP).

Subiu o tom

Em entrevista exclusiva ao Metrópoles na segunda-feira (10/4), Dino já havia subido o tom em relação às redes sociais que estariam sendo convenientes com o impulsionamento de conteúdo criminoso relacionado a ataques e violência em escolas.

“Nós fizemos um convite muito enfático para que eles [redes sociais]: fortaleçam a moderação de conteúdos e parem de impulsionar conteúdos criminosos, como alguns estão fazendo; as providências daí derivadas doravante estarão no terreno policial. Eu não desejo que a polícia seja chamada a atuar contra as plataformas. Se isso for necessário, isso vai acontecer”, declarou Dino.

Nos últimos dias, o Ministério da Justiça identificou 511 perfis com discursos de apologia à violência apenas no Twitter. Esse levantamento faz parte de ações para combater ameaças de ataques em escolas, como o que aconteceu em Suzano. Segundo o ministro, o número não para de crescer.

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