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Dino diz que Estado tem o dever de se “proteger de seus homicidas”

Dino afirmou que apurações feitas pela PF sobre o 8 de janeiro estão sendo entregues ao Judiciário e ao MPF. Ex-comandante da PMDF foi preso

atualizado

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Michel Melo/Metrópoles
Imagem colorida mostra o mnistro Flávio Dino
1 de 1 Imagem colorida mostra o mnistro Flávio Dino - Foto: Michel Melo/Metrópoles

Flávio Dino, ministro da Justiça e Segurança Pública, afirmou nesta terça-feira (7/2) que a Polícia Federal segue investigando o atentado terrorista ocorrido na Esplanada dos Ministérios no domingo do dia 8 de janeiro. “O Estado de Direito tem o dever de se proteger contra seus ‘homicidas'”, disse o político.

Nesta terça, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Eduardo Naime está entre os alvos dos quatro mandados de prisão cumpridos no âmbito da quinta fase da Operação Lesa Pátria. Equipes da Polícia Federal (PF) detiveram o coronel na casa dele, em Vicente Pires.

Os quatro mandados de prisão preventiva e temporária cumpridos pela PF tinham policiais militares como alvo. Eles são investigados devido à atuação no dia dos atentados terroristas contra as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Naquele domingo, os órgãos públicos federais foram depredados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília. De acordo com ele, as apurações feitas pela PF estão sendo entregues ao Poder Judiciário e ao Ministério Público Federal (MPF), para que as providências cabíveis sejam tomadas.

Pressão sobre Aras

Além do inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF) aberto em 2021 pelo ministro Alexandre de Moraes, há uma cobrança sobre Augusto Aras, procurador-geral da República. Como já noticiado pelo Metrópoles no dia 13 de janeiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cobrou publicamente o chefe do Ministério Público por meio de uma representação.

Incomum nesse tipo de encontro, Pacheco transmitiu a reunião pela TV Senado. “Sugerindo à Vossa Excelência, como titular da ação penal, que se possam tomar providências de cunho cautelar e que essas estão sugeridas nessa peça de representação”, disse o parlamentar. “Para que esse órgão possa capitanear a condução do processamento dessas pessoas nas instancias próprias do poder judiciário”, completou.

No dia 16 de janeiro, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez o mesmo e pediu que a PGR cumpra seu papel institucional. “Que o MPF promova a responsabilização não só por causa da depredação, que é grave, mas sobretudo por causa do atentado sofridos pelas instituições. O mínimo que podemos exigir é que essas pessoas sejam investigadas”, afirmou.

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