Descoberta rara de fóssil de preguiça gigante é divulgada em MG após 40 anos
“Preservação do feto é extraordinária, melhor que o da mãe”, afirma o professor e pesquisador Cástor Cartelle Guerra
atualizado
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O professor e pesquisador Cástor Cartelle Guerra levou 40 anos para divulgar a descoberta de fóssil de um feto de uma preguiça gigante, encontrado na Gruta de Maquiné, em Cordisburgo, Minas Gerais.
“Há anos descobri um esqueleto de preguiça extinta. Durante a escavação, a grande surpresa: era uma fêmea e com o feto. Isso é um achado mais do que raro, é raríssimo”, comentou o professor e pesquisador ao G1.
Segundo Cartelle Guerra, “a preservação do feto é extraordinária, melhor que o da mãe”. Ainda de acordo com ele, a mãe media cerca de 6 metros, enquanto o feto tinha cerca de 25 centímetros.
Após 40 anos de análise, a pesquisa apenas foi concluída neste ano. Guerra afirma que esta é a primeira vez que um registro de tal porte é realizado no Brasil. A descoberta será divulgada oficialmente em publicações científicas.
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De acordo com o Guerra, o fóssil do feto é da espécie Nothrotherium Maquinense. Ele seria o mesmo animal descoberto pelo paleontólogo Peter Lund e que teria vivido no Brasil há mais de 20 mil anos.
“O achado, que demoramos anos para dar conhecimento publicamente, é espetacular e único, no ponto de vista da ciência. Isso é valorizar nosso passado”, reforçou o pesquisador ao G1.
Cástor Cartelle Guerra é pesquisador do Museu de Ciências Naturais da PUC Minas e doutor em Morfologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
