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Depoimento de Cid à PF avançou a madrugada e durou mais de 9h

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro foi ouvido como colaborador, e não como investigado. Depoimento começou às 15h

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Breno Esaki/Metrópoles
Lula Tenente-coronel Mauro Cid olha para frente
1 de 1 Lula Tenente-coronel Mauro Cid olha para frente - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

O depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, à Polícia Federal — na sede da PF, em Brasília — teve duração de mais de nove horas. Cid começou a ser ouvido por volta das 15h dessa segunda-feira (11/3) e só foi liberado na madrugada desta terça (12/3), pouco depois da 0h15.

No inquérito que apura a participação de Bolsonaro, ex-ministros e militares em uma tentativa de golpe de Estado para manter o ex-presidente no poder, Mauro Cid foi ouvido apenas como colaborador, pois não é investigado no caso.

Desde setembro do ano passado, quando fechou delação premiada com a PF, Cid tem a obrigação de dar novas informações para a polícia para não perder os benefícios do acordo.

A expectativa era de que Cid fizesse esclarecimentos sobre o depoimento do general Marco Antônio Freire Gomes, ex-comandante do Exército, no início do mês. Isso porque, na condição de testemunha, Freire Gomes trouxe informações cruciais para o caso da suposta trama golpista.

Estratégia da defesa de Mauro Cid

Como mostrado pelo jornalista Vinícius Nunes, da coluna Blog do Noblat, do Metrópoles, a expectativa era de que o tenente-coronel desse mais detalhes sobre a trama golpista envolvendo a “minuta do golpe”.

Apesar disso, parte dos agentes da PF avalia que o militar não tem muito a oferecer para esta investigação.

Caso o depoimento seja aceito como delação premiada, a defesa tentará arrancar uma “anistia” à esposa de Cid, Gabriela Santiago Ribeiro, e ao pai dele, o general da reserva Mauro Lourena Cid.

Ainda segundo o blog, um dos benefícios pretendidos pelo militar, na posição de colaborador, é de que os integrantes da família estejam protegidos e saiam da condição de “investigados”.

Os dois não são investigados no âmbito da suposta tentativa de golpe de Estado, mas na fraude do cartão de vacina e no desvio de presentes oficiais sauditas.

Histórico de depoimentos

Este foi o sétimo depoimento de Mauro Cid à PF. Os mais longos foram em 28 de agosto de 2023, com 10h de duração, e, em 31 de agosto de 2023, com 12h. Veja lista completa abaixo:

  • 3 de maio de 2023: não falou
  • 18 de maio de 2023: não falou
  • 6 de junho de 2023: não falou
  • 25 de agosto de 2023: 2 horas
  • 28 de agosto de 2023: 10 horas
  • 31 de agosto de 2023: 12 horas
  • 11 de março de 2024: 9 horas

Acordo de delação

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